As construções irregulares no entorno do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, estão sendo demolidas em uma operação conjunta entre a Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) e a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). Nesta quinta-feira, estão sendo demolidas 19 construções que ficam a menos de 250 metros do Complexo Penitenciário de Gericinó. Segundo autoridades de segurança, a região sofre influência do crime organizado, tornando essas edificações ilegais uma ameaça para a segurança da região.
Dos imóveis sendo demolidos, 12 estão desocupados e apenas dois estavam sendo habitados. Outras cinco estruturas serviam como criadouros de animais. Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam um prejuízo de R$ 2 milhões aos responsáveis pelos imóveis, todos foram notificados pela Seop. Durante a operação, os agentes também removeram duas carcaças de veículos abandonados e desfizeram duas ligações clandestinas, uma de luz e outra de água.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, ressaltou a importância da operação preventiva, destacando que as construções ilegais estavam em uma área de segurança do Complexo de Gericinó. Ele enfatizou que a prefeitura continuará trabalhando em conjunto com os órgãos de segurança, se dedicando ao ordenamento da cidade e ao apoio à segurança pública. A operação conta com a participação de agentes de diversas secretarias e empresas municipais, como da Secretaria municipal de Assistência Social, da Comlurb, da Cedae, da Light, da Rio Águas e da Rio Luz.
Essa não é a primeira vez que a região passa por ações de demolição de construções irregulares. Em operações anteriores, 22 construções também foram demolidas nas imediações do Complexo de Gericinó. Autoridades apontam que essas invasões de propriedade e construções clandestinas facilitam fugas e a entrada de itens proibidos nas cadeias, o que tem sido explorado por facções criminosas como o Comando Vermelho.
As operações de demolição e desapropriação na região são baseadas em relatórios de inteligência da Seap, que indicam a expansão de atividades criminosas do Comando Vermelho no entorno do complexo penitenciário. Criminosos buscam dominar os bairros próximos ao complexo para estabelecer um cinturão de controle ao redor das unidades prisionais onde estão presos os principais líderes da facção.
Essas ações visam combater a influência do crime organizado na região, promovendo o ordenamento urbano e garantindo a segurança tanto dos presídios quanto da população que vive nas proximidades do Complexo de Gericinó. Por meio de operações como essa, as autoridades buscam fortalecer o combate ao crime e garantir um ambiente mais seguro e regularizado para todos os cidadãos.
