Kátia Maria propõe ‘Segurança Cidadã’ para tirar Goiás do mapa da violência

“Os profissionais que arriscam suas vidas diariamente precisam ser tratados com dignidade e ter condições mais humanas de trabalho”

A falta de segurança tem retirado o direito de ir e vir da população em todo o país e em Goiás isto não é diferente. E esta é uma preocupação da candidata ao governo pelo PT, Kátia Maria. “Para garantirmos a segurança da população não basta apenas contratar mais policiais civis e militares, temos que prepara-los bem, dar condições melhores de trabalho e mais do que isso, garantir emprego e renda para a população. E para isso é necessária a integração de serviços para termos uma segurança cidadã. É assim que reduziremos os índices de violência no estado”, alerta a candidata.

Metade das cidades goianas tem menos de dez policiais militares e 23 não possuem nenhum. “Isto é um dado preocupante que iremos reverter. Não pode um município ter muitos e outros nenhum. Todos têm o direito de se sentirem seguros”, argumenta. Kátia Maria critica a atual gestão que paga R$ 1.500 de salário para o policial civil e militar em início de carreira. “Os profissionais que arriscam suas vidas diariamente precisam ser tratados com dignidade e ter condições mais humanas de trabalho”, diz.

Para isto, Kátia Maria irá implantar um sistema integrado de segurança, com tecnologias adequadas e equipes preparadas garantindo que as notificações possam ser acompanhadas em tempo real, com ações de inteligência e de combate articuladas, em todos os municípios goianos, com uma atenção especial para a Região Metropolitana de Goiânia e municípios do Entorno do DF. “As organizações criminosas crescem onde o Estado se ausenta e uma gestão integrada nos possibilita colocar em prática políticas públicas para evitar a criminalidade e possibilitar que a população goiana tenha melhor qualidade de viver em segurança”, explica.

Dados

De acordo com dados da própria Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a julho deste ano foram registrados 1.197 crimes violentos letais e intencionais (homicídio doloso, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte). Isto coloca Goiás entre os estados com os piores índices de violência. Outro dado preocupante é que Goiás é o 2º estado que mais mata mulheres no Brasil. “O assassinato é o nível mais grave da violência contra a mulher, que se apresenta em níveis físico, emocional, psicológico e institucional na vida das goianas, num Estado que não tem Políticas Públicas para Mulheres”, critica. Para resolver esta situação Kátia Maria propõe equiparas delegacias da mulher, aumentar o número existente hoje de 22 Delegacias Especializadas de Atenção à Mulher e qualificar os profissionais que atuam nesta área.

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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