TRE determina retirada de publicação sobre candidatos de Goiás no Facebook

“Para nós, é uma decisão extremamente importante, em início de campanha. Porque a Justiça Eleitoral reconhece que é preciso estabelecer limites, eles não podem ser ultrapassados. Não se pode agredir políticos e candidatos por conta de suas convicções pessoais”

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) julgou, no último domingo (19), uma ação envolvendo quatro candidatos às eleições de 2018 em Goiás. A ação é sobre a publicação de um anúncio contra a Coligação Avança Goiás, encabeçada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em  em duas páginas do Facebook: GW Comunicação, de Cristalina, e o perfil pessoal de um homem chamado Edgar Campos. A definição é pela retirada imediata das publicações, sob pena de multa de mil reais, em caso de descumprimento.

“Essa turma está prontinha pra roubar você de novo. Como ratos famintos estão sedentos pelo seu voto”, diziam as postagens. Além do texto, aparecem fotos do atual governador e candidato à reeleição, Zé Eliton (PSDB), do ex-governador e candidato ao Senado Federal Marconi Perillo (PSDB), da senadora e candidata à reeleição, Lúcia Vânia (PSB), e do candidato a deputado federal Jovair Arantes (PSB).

A ação foi impetrada em nome de Marconi Perillo, pelo advogado Ademir Medina. “Para nós, é uma decisão extremamente importante, em início de campanha. Porque a Justiça Eleitoral reconhece que é preciso estabelecer limites, eles não podem ser ultrapassados. Não se pode agredir políticos e candidatos por conta de suas convicções pessoais”, afirmou Medina. A equipe de Marconi disse que o candidato não vai se posicionar sobre o tema. Segundo a decisão, assinada pelo juiz Juliano Taveira Bernardes, os conteúdos infringem a legislação eleitoral. “Configuram, evidentemente, extrapolação dos limites da liberdade de expressão e da manifestação do pensamento”. Além disso, ele considerou que as publicações ofendem a imagem, a honra e a dignidade de Perillo.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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