Pesquisa aponta que etanol e biodiesel deve aumentar

Um relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a produção de etanol do Brasil para o ano de 2018 deve fechar em mais de 30 bilhões de litros, um aumento de 9% sobre os dados do ano passado. Em relação ao biodiesel o aumento é ainda maior, cerca de 26% em relação à 2017, chegando a mais de 5 bilhões de litros.

De acordo com o USDA, o aumento foi dado pelo fato do açúcar se tornar menos atraente para o mercado mundial e também pela greve dos caminhoneiros que acabou acumulando fretes por 11 dias no mês de maio, o que faz que uma quantia maior de cana seja disponibilizada para a produção de combustíveis esse ano.

“A cana-de-açúcar direcionada para a produção de etanol na safra atual é estimada em 61%, comparado a 53,6% em 2017. Essa taxa mais alta é atribuída à expectativa de um excedente continuado de açúcar no mercado mundial em 2018/19, tornando assim os mercados mundiais de açúcar menos atraente”, diz o texto.

Além disso, o aumento da demanda doméstica por etanol, influenciado pelos altos preços da gasolina, também incentivou as decisões das usinas de etanol a destinar mais cana-de-açúcar para a produção de etanol. Nesse cenário, os altos preços da gasolina estão fazendo com que os produtores rurais recorrem ao uso de seus veículos a diesel, o que também influencia no aumento do consumo desse combustível.

“Informes estimam um consumo interno total de biodiesel para 2018 em aproximadamente 5,37 bilhões de litros, um aumento de 25% em relação a 2017 (4,3 bilhões de litros)”, conclui o relatório.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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