HMI recebe mais um caso de gêmeas siamesas

O Dr. Zacharias Calil participou na manhã desta quarta-feira (22), de mais um parto de gêmeas siamesas no Hospital Estadual Materno-Infantil (HMI). As irmãs nasceram com 36 semanas e são unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando apenas o fígado. Juntas, elas pesam 4.785 quilogramas. Após o nascimento, as bebês foram encaminhadas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Uma das crianças possui uma cardiopatia cianogênica grave, que precisará ser corrigida. Porém, a cirurgia não é realizada em Goiás. .

O hospital informa ainda que o estado de saúde das gêmeas é grave, porém estável, e ambas respiram com o auxílio de oxigênio inalatório. Já a mãe, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, vinda de Salvador (BA), encontra-se internada na enfermaria da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI. O estado de saúde dela é bom. Não há previsão de alta para as gêmeas assim como não há para a mãe. .

Histórico – O HMI é a única unidade hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) apta a realizar a separação de gêmeos siameses. Já foram registrados 38 casos de siameses, sendo que destes, 18 passaram por cirurgia de separação. A primeira aconteceu em 2000, das gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve e compartilhavam rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. A literatura médica mundial indica que, dentre os siameses operados, um em cada cinco sobrevivem à cirurgia. No HMI, esse índice chega a 50%. .

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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