‘Leilão de plataforma logística de Anápolis é crime contra economia de Goiás’, diz Caiado

“O projeto do aeroporto de cargas é uma realidade, isso faz muito bem para Anápolis, muito bem para o nosso estado de Goiás. Agora, ele não pode vendar as áreas em volta dele sem um planeamento, se não ele acaba com o aeroporto”

O candidato ao governo pela coligação “A Mudança é Agora”, Ronaldo Caiado (DEM), considera irresponsável o edital do governo do estado para venda de 1,9 milhão de metros quadrados da Plataforma Logística Multimodal de Anápolis. Para o democrata, o leilão marcado para 11 de setembro é um crime contra a economia de Goiás e do município já que a venda foi preparada a toque de caixa, sem uma avaliação detalhada do projeto com intuito apenas de arrecadar recursos (previsão de R$ 270 milhões).

O senador pretende acionar a justiça para impedir que o leilão seja efetivado sem a devida análise do projeto e mensuração do benefício real para a região. Caiado falou sobre o assunto durante caminhada realizada na cidade, nesta manhã (22), como parte da agenda de campanha. “Vimos hoje no jornal que o governo está vendendo 1,9 milhão metros quadrados na área da plataforma logística da cidade de Anápolis. Ou seja, 1,9 milhão metros quadrados sendo vendidos com objetivo único de fazer caixa de governo e colocando em risco todo projeto da plataforma logística de Anápolis. Quem adquirir aquilo ali vai tomar conta do aeroporto de carga ou vai dificultar com que haja um projeto para consorciar todo esse transporte modal que nós temos ali na região: porto seco, ferrovia, aeroporto de carga”, explicou Caiado.

O senador acredita que a venda de uma área dessa impotência para a economia goiana deve ser debatida, avaliada, para não comprometer a capacidade de Anápolis se tornar um grande polo logístico não só para o estado, mas para o país.  Já o senador democrata Wilder Morais que é engenheiro e empresário do setor, acrescenta que da forma como o leilão será realizado vai comprometer o desenvolvimento do município e o benefício ficará restrito apenas nas mãos de um pequeno grupo da iniciativa privada. “O projeto do aeroporto de cargas é uma realidade, isso faz muito bem para Anápolis, muito bem para o nosso estado de Goiás. Agora, ele não pode vendar as áreas em volta dele sem um planeamento, se não ele acaba com o aeroporto”, esclareceu Wilder.

Caiado ainda condena a postura do atual governador e seu antecessor de tratar o estado como se fosse patrimônio particular. “Temos que desprivatizar o estado de Goiás. O estado foi totalmente assumido como patrimônio do ex-governador e do atual governador. Eles se sentem proprietários do estado de Goiás e nós precisamos reagir a isso”, pontuou.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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