O silicone pode causar complicações? Entenda as principais e como evitá-las
Especialista aponta quando complicações ocorrem e alternativas de tratamento e prevenção
Embora a cirurgia de implante de silicone nas mamas seja considerada segura e amplamente realizada no Brasil e no mundo, como qualquer procedimento, está sujeita a complicações.
Entre elas estão a contratura capsular e o rippling. Entenda o que são essas complicações, como preveni-las e o que fazer caso ocorram.
Virginia mostra nova prótese de silicone e ganha elogio de Zé Felipe
BRUNA BIANCARDI REVELA QUANTAS CIRURGIAS PLÁSTICAS JÁ FEZ E REBATE SEGUIDOR
HIDROLIPO: ENTENDA O QUE É E QUAIS SÃO OS RISCOS DO PROCEDIMENTO
O QUE SÃO A CONTRATURA CAPSULAR E O RIPPLING?
Após a colocação do silicone, o corpo forma naturalmente uma cápsula de tecido cicatricial ao seu redor para isolá-la. Em algumas pessoas, porém, essa capa de proteção pode se tornar espessa e endurecida do que o padrão, causando dor, mesmo que meses ou até anos depois da colocação do implante. Esta é a contratura capsular.
“É mais comum nas mamas, mas pode ocorrer em qualquer região que receba o implante, como glúteos, panturrilhas e face”, comenta o cirurgião plástico Josué Montedonio, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da International Confederation for Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery e da American Society of Plastic Surgery.
O rippling, por sua vez, ocorre quando se formam ondulações visíveis ou palpáveis na pele após a colocação da prótese. Esse efeito ocorre, geralmente, quando a pele não cobre totalmente o implante, deixando rugas perceptíveis, especialmente quando a paciente se movimenta ou se inclina.
FATORES DE RISCO PARA AS COMPLICAÇÕES
Segundo Montedonio, tanto a contratura quanto o rippling não são considerados problemas frequentes derivados do procedimento estético. “A contratura capsular, por exemplo, acontece em cerca de 5 a 15% dos casos”, diz o médico.
A ocorrência dessas complicações, nesse sentido, depende de alguns fatores. No caso da contratura, o especialista os seguintes aspectos que favorecem o seu desenvolvimento:
infecções que não causam sintomas, mas podem levar a uma reação inflamatória;
acúmulo de líquido ou sangue ao redor da prótese estimulam a formação de uma cápsula mais espessa;
material do implante e sua posição (próteses lisas ou colocadas acima do músculo favorecem o quadro);
tendência genética, pois algumas pessoas formam cicatrizes mais endurecidas naturalmente.
O rippling, por outro lado, está relacionado a casos de paciente magra que tem pouco volume de mama ou quando a prótese é aplicada na frente da musculatura mamária.
É POSSÍVEL CORREÇÃO?
Sim. Dependendo do grau de contratura, a correção pode ser feita com o uso de medicamentos e a realização de massagens no local para que a rigidez diminua. Todavia, em casos mais graves, pode ser necessária a troca da prótese ou até mesmo sua retirada, além da remoção da cápsula endurecida.
Intervenções cirúrgicas também podem ser realizadas em casos de rippling, com a substituição por um implante mais adequado às dimensões do corpo da pessoa. Outra opção é posicionar a prótese em um plano submuscular para ter uma cobertura da musculatura em volta dela e evitar as ondulações na pele.
Existe ainda a possibilidade de enxertos de gordura na mama para aumentar a espessura do tecido, criando uma cobertura adicional sobre o implante.
COMO EVITAR COMPLICAÇÕES DO SILICONE
Montedonio recomenda algumas medidas para reduzir os riscos de contratura capsular e rippling:
escolher o tamanho da prótese que seja adequado às dimensões do corpo para evitar tensão excessiva nos tecidos;
optar pelo plano submuscular, uma vez que ele reduz o contato da prótese com a glândula mamária;
evitar hematomas e infecções;
escolha próteses de gel de silicone coesivo (mais firmes e menos propensas a formar rugas).
> Explante de silicone: por que mulheres optam por tirar a prótese?