Escola em Piedade promove inclusão e acolhimento de alunos atípicos, se tornando referência na região

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Pai de dois filhos atípicos, diretor de escola cria projeto de acolhimento e vira exemplo de inclusão em Piedade

Inclusão dos estudantes atípicos melhora o desenvolvimento cognitivo e social deles. Na escola, 30 alunos atípicos estão matriculados com auxílio exclusivo.

Escola vira exemplo de amor e dedicação para alunos atípicos em Piedade

Com amor, paciência e dedicação, uma escola estadual de Piedade (SP) tornou-se exemplo de inclusão e visibilidade para pessoas atípicas.

A ideia de inclusão de pessoas atípicas surgiu do diretor do colégio, Clodoaldo Moraes. De acordo com ele, sua sensibilidade e empatia nasceram devido aos seus dois filhos autistas. Dessa forma, a escola consegue oferecer uma educação inclusiva para 30 alunos atípicos.

“Eu desenvolvi atenção e cuidado com a educação especial e devo isso a todos os meus filhos, sou grato a eles. No começo, é difícil, muito difícil. Mas, depois, você percebe que é um mundo maravilhoso, um mundo a ser descoberto. Eles têm apenas amor para oferecer, e vale muito a pena acompanhá-los, tanto como profissional quanto como pai. No início, é complicado. Eu até me emociono, mas não é mais de dor, e sim de felicidade”, revela.

Na escola, Murilo Rodrigues é um dos alunos que pertence ao projeto de inclusão. Com bastante dedicação de profissionais e o acolhimento dos colegas, o menino conseguiu ter um avanço significativo em seu quadro clínico.

“Eu acompanho o Murilo há dois anos e, durante esse tempo, houve muitas mudanças e avanços. Ele é um aluno que se dá bem com todo mundo em sua volta, já que ele é bastante comunicativo e extrovertido. A sala dele também é muito boa, todo mundo acolhe o Murilo e ele é muito querido na escola”, diz Luciana Godinho, professora auxiliar de Murilo.

No começo, a mãe de Murilo teve receio de deixar o filho na escola. Hoje em dia, ela reconhece a importância da inclusão e tem a esperança de que, um dia, o menino será completamente independente.

“Eu quero ver o Murilo ser independente, quero ver ele socializar muito melhor. Meu sonho era poder ver ele trabalhando, estudando mais, fazendo uma faculdade. E é para isso que estou lutando, é por isso que estou aqui. Abri mão da minha profissão como CLT para poder cuidar dele, para que ele faça terapias. Então, meu sonho é ver o Murilo sendo independente, porque eu não vou viver a vida toda. Preciso prepará-lo para o mundo. Esse é o meu sonho: que ele seja independente”, diz Vanessa Rodrigues.

A inclusão de estudantes atípicos pode melhorar muitos aspectos sociais e cognitivos dessas pessoas. É o caso de Gustavo, que, em poucos dias, apresentou avanços consideráveis no seu desenvolvimento, segundo a mãe dele.

“Quando ele chegou aqui, sua autonomia já foi visível em poucos dias. Ele demonstrou mais concentração nas atividades e maior socialização com os outros alunos, mesmo com diferenças de idade e tamanho. Foi algo perceptível”, diz Leila Paulino Ribeiro.

A escola apresenta diversos prêmios nas prateleiras. No entanto, para o diretor da unidade, sua maior conquista é fazer a inclusão e promover a visibilidade de pessoas atípicas.

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