O caso que ficou conhecido como “brigadeirão” chocou a população do Rio de Janeiro e agora terá desdobramentos na Justiça. Nesta segunda-feira, a Justiça do Rio iniciou as audiências do processo contra as duas mulheres acusadas de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond em maio de 2024 com um brigadeirão envenenado. Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, sendo esta última apontada como a mentora intelectual do crime, estão presas desde o ano passado.

As defesas das acusadas negam o homicídio, e inclusive tentaram pedir a exumação do corpo do empresário para tentar provar que ele não foi envenenado. No entanto, as investigações indicam que um líquido achocolatado encontrado no estômago de Ormond, juntamente com morfina e clonazepam, foram as substâncias que causaram sua morte em um curto período de tempo, conforme as câmeras de segurança do prédio mostraram.

O envenenamento do empresário veio à tona após a descoberta de seu corpo em estado avançado de decomposição em seu apartamento no Engenho Novo, no Rio de Janeiro. A polícia logo investigou o caso e encontrou indícios que apontavam para a suspeita de que Júlia teria oferecido o brigadeirão envenenado a Luiz. Esse fato resultou na prisão das duas acusadas, com Suyany sendo detida primeiro, seguida por Júlia, que ficou foragida por alguns dias até se entregar.

Durante os depoimentos, Júlia demonstrou extrema frieza ao falar do namorado falecido, causando estranheza nas autoridades responsáveis pelo caso. Ela chegou a sorrir várias vezes durante as perguntas, o que reforçou a suspeita de sua participação no envenenamento. Além disso, Jean Cavalcante de Azevedo, outro namorado de Júlia, afirmou que a hospedou por alguns dias em sua casa em Campo Grande, na Zona Oeste, após a morte de Luiz.

Os detalhes do processo e os desdobramentos das audiências serão acompanhados de perto pela população, que aguarda por justiça neste caso que chamou a atenção devido à forma inusitada de envenenamento do empresário. Com as investigações em curso e as duas acusadas presas, espera-se que a Justiça do Rio possa esclarecer todos os pontos obscuros desse crime e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos pela morte de Luiz Marcelo Ormond.