Impressão 3D de Cristo em Campinas é 410 mil vezes menor que estátua do RS, revela pesquisa inovadora no Brasil

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Cristo impresso em Campinas é do tamanho de um grão de areia e 410 mil vezes menor que estátua do RS

Detalhes do modelo são visíveis somente por microscopia eletrônica, diferente do Cristo Protetor de 43,5 metros de Encantado (RS), o maior do Brasil. Impressão foi feita com único equipamento no Hemisfério Sul que cria estruturas 3D para áreas como telecomunicações e medicina.

Cristo impresso em Campinas é 410 mil vezes menor que estátua do RS

Localizado na pequena cidade gaúcha de Encantado, o Cristo Protetor é, com 43,5 metros de altura, a mais alta estátua de Cristo do Brasil. Mas em Campinas (SP), a 1,1 mil quilômetros de distância, pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer imprimiram uma versão microscópica do monumento religioso: do tamanho de um grão de areia, chega a ser 410 mil vezes menor que o exemplar do RS.

As impressões em 3D do Cristo no centro tecnológico foram feitas como forma de testes e ajustes de um equipamento, único do tipo no Hemisfério Sul, que custou 430 mil euros, equivalente a R$ 2,7 milhões na cotação atual.

Com ele é possível produzir estruturas para aplicações em diversas áreas, das telecomunicações à médica.

O menor dos modelos de Cristo já produzidos pelos pesquisadores tem 106 micrômetros – chega a ser visível a olho nu como um ponto, mas observar detalhes da estrutura só é possível por microscopia eletrônica. E há possibilidade de que a resolução obtida pela máquina seja ainda menor.

O material no qual é produzido possui propriedade luminescente, para permitir melhor sua visualização e manuseio, já que a estrutura é muito pequena.

DE CRISTO A TORRE EIFFEL

As impressões de estruturas como o Cristo servem como referência para testes do equipamento, que vão desde objetos de engenharia de diferentes complexidades. Entre as microimpressões também há uma da Torre Eiffel, símbolo de Paris, capital da França.

O monumento que tem, na vida real, 300 metros de altura, nas impressões feitas no CTI Renato Archer fica em escalas menores que o milímetro.

Entre os materiais já impressos na plataforma há construções para a área biológica que servem como estrutura para desenvolvimento de células e criação de vasos, e também é possível criar estruturas que se assemelham a tecidos moles e estruturas ósseas.

A máxima resolução da máquina é de 220 nanômetros horizontal, e 550 nanômetros vertical – um fio de cabelo humano, por exemplo, tem entre 50 e 100 mil nanômetros de espessura.

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