PMs acusados de matar adolescente que sumiu há seis anos após ir para casa de amigo jogar videogame passam por audiência de instrução
Nessa etapa, o juiz começa ouvir testemunhas e analisar provas do caso para
decidir se os réus vão a júri popular. Policiais militares também são réus pelo
homicídio de dois amigos e um primo da vítima
Julgamento dos policiais acusados de matar e esconder corpo de adolescente começa hoje [https://s04.video.glbimg.com/x240/13495711.jpg]
Os quatro policiais militares acusados de matar um adolescente, de 14 anos, que
desapareceu há seis anos após ir para a casa de um amigo jogar videogame
[https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/09/03/familia-diz-que-adolescente-desapareceu-ha-tres-anos-apos-acao-da-pm-e-cobra-respostas-desfizeram-do-corpo.ghtml],
passaram por audiência de instrução na Justiça, em Goiânia
[https://g1.globo.com/go/goias/cidade/goiania/]. Nessa etapa, o juiz começa
ouvir testemunhas da acusação e da defesa, além de analisar provas no caso para
decidir, posteriormente, se os réus vão a júri popular.
Os réus por matar João Vitor Mateus de Oliveira
[https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/12/20/pms-se-tornam-reus-por-matar-adolescente-que-sumiu-ha-seis-anos-apos-ir-para-casa-de-amigo-jogar-videogame.ghtml],
além de dois amigos e um primo da vítima, são os policiais Fabrício Francisco da
Costa, Thiago Antonio de Almeida, Eder de Sousa Bernardes e Cledson Valadares
Silva Barbosa. Ao DE [https://de.globo.com/go/goias/], a defesa dos acusados
disse que não irá se manifestar por enquanto. Em nota, a Polícia Militar
informou que “todos os procedimentos administrativos foram prontamente adotados,
em conformidade com a legislação vigente” (veja a nota completa no final da
matéria).
A audiência de instrução iniciou por volta das 14h e foi suspensa às 20h, desta
segunda-feira (7), na 2ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do
Júri, em Goiânia. Na ocasião, os assistentes de acusação, juntamente com os
promotores, apresentaram suas testemunhas.
Conforme a ata da sessão, 12 testemunhas que representam as vítimas estiveram
presentes nessa audiência e foram ouvidas pelo magistrado. Outras três não
compareceram, e o juiz Lourival Machado da Costa determinou o prazo de 10 dias
para manifestação da acusação e do Ministério Público de Goiás (MPGO).
João Vitor Mateus de Oliveira desapareceu após ação da PM em casa de
Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal
Ao DE [https://de.globo.com/go/goias/], o advogado da família do adolescente,
Allan Hahnemann, explicou que após todas as testemunhas das vítimas serem
ouvidas, será a vez das testemunhas dos réus, e posteriormente o interrogatório.
Segundo o advogado Diego Mendes, assistente de acusação, a reprodução simulada
dos fatos está prevista para ocorrer dia 9 de setembro.
> “Depois das provas produzidas, os elementos dos autos vão ser analisados pelo
> juiz do caso, que emitirá uma decisão que levará os policiais a júri ou não”,
> acrescentou.
Para o advogado, há provas suficientes de que João Victor foi morto e teve o
corpo ocultado pelos policiais.
> “A perspectiva das famílias é de que há sim provas robustas de que praticaram
> o homicídio contra os quatro jovens. João Vitor estava na casa [da mãe de um
> amigo dele] e não há explicação alternativa para o seu desaparecimento que não
> o seu homicídio por parte dos policiais”, afirmou Diego Mendes.