Criança está em abrigo após vídeo em que aparece supostamente bêbada e adulto
diz que ela bebeu a pinga toda
O Conselho Tutelar de Três Ranchos acompanha a criança no abrigo. Polícia Civil
e Ministério Público ainda investigam o caso.
Vídeo mostra criança de 4 anos supostamente embriagada, em Três Ranchos, região
sudeste de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A DE de 4 anos que foi gravada supostamente bêbada
pelos tutores, em Três Ranchos
no sudeste goiano, está em
um abrigo, após decisão judicial. No vídeo, o adulto diz que menina havia bebido
toda a pinga.
O Conselho Tutelar do município agora faz o acompanhamento da criança no abrigo.
> “Ela está bem. Levamos toda a equipe, com psicólogo e assistente social.
> Levamos algumas coisas para ela também”, diz a conselheira tutelar que
> acompanha o caso, Franciely Rodrigues.
O Conselho Tutelar recebeu a denúncia no dia 31 de março deste ano, e
imediatamente acionou a Polícia Civil e o Ministério Público, para início da
investigação.
Como os nomes dos responsáveis pela criança não foram divulgados, o DE
não conseguiu localizar a defesa deles.
Criança aparece supostamente bêbada em vídeo, em Três Ranchos
No dia 1º de abril, começou a circular em grupos de WhatsApp do município o
vídeo em que a criança aparece supostamente bêbada. No vídeo, o homem que
filmava ri e diz que a criança bebeu toda a pinga.
A Polícia Civil e o Ministério Público encaminham a criança para o IML, onde
foram realizados exames. Segundo a Polícia Científica, apesar da circulação
começar no dia 1º, o vídeo em questão havia sido gravado no dia 20 de março, o
que impossibilitava a comprovação de embriaguez devido ao lapso temporal.
Após isso, por determinação judicial, a criança foi levada para um abrigo onde
seria assistida por equipes do Conselho Tutelar dos municípios.
A polícia ouviu os responsáveis pela menina, que não têm parentesco mas possuem
sua guarda. A investigação segue em curso.
Vale ressaltar que, mesmo não sendo comprovada a embriaguez, o casal pode ainda
ser penalizado de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por
submeter a criança a uma situação de constrangimento.
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