O Governo do Distrito Federal (DF), por meio da Secretaria de Economia, enviou ao governo federal dados sobre o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) para o andamento das negociações a respeito do reajuste salarial das forças de segurança. O documento com projeção de receita e gastos do FCDF foi assinado pelo secretário de Economia do DF, Ney Ferraz Júnior, nesta terça-feira. As planilhas detalham a projeção de recursos do FCDF até 2030 e incluem as estimativas de gastos com pessoal da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Em fevereiro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) enviou ao governo federal o pedido de recomposição salarial das forças de segurança do DF. As categorias reivindicam paridade salarial com a Polícia Federal. O aumento solicitado varia de acordo com cargo e chega a 44% sobre a remuneração bruta. A proposta apresentada pelo DF prevê que o reajuste seja pago em duas parcelas: em setembro de 2025 e em maio de 2026. Segundo os dados enviados pelo DF ao ministério, o reajuste dos integrantes da Polícia Militar do DF teria impacto de R$ 1,5 bilhão em 2026 e R$ 1,8 bilhão em 2027.
No caso da Polícia Civil do DF, a recomposição representaria R$ 878,6 mil a mais em 2026 e R$ 1 bilhão a mais, em 2027, na folha de pagamento. No Corpo de Bombeiros Militar do DF, o impacto seria de R$ 709,9 mil em 2026 e R$ 851,7 mil em 2027. O DF também enviou ao governo federal a previsão de despesa com pessoal da Polícia Penal. O governador Ibaneis Rocha solicitou a inclusão da corporação no FCDF, o que abriria possibilidade de a categoria também ser contemplada com o reajuste.
Os dados sobre a projeção de receita e gastos do FCDF foram solicitados pelo MGI durante reunião realizada no dia 31 de março pelo secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, com a presença de representantes de policiais civis e de deputados distritais. Na ocasião, Feijóo falou sobre a instalação dos Fóruns de Diálogo com a Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do DF, previstos em lei para debate sobre as carreiras. O FCDF é custeado com recursos da União e, por isso, qualquer reajuste salarial ou mudança envolvendo os servidores da segurança pública do DF precisam passar pelo governo federal.