Após um trágico incidente na praia de Mongaguá, no litoral de São Paulo, uma mãe acabou falecendo afogada enquanto seus filhos foram salvos por banhistas. Tamara Cristina de Paula Machado, de idade não informada, estava em uma área considerada perigosa, próximo à desembocadura de um rio, quando entrou no mar com os menores de idade. O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), responsável pela monitorização da área, não estava presente no momento do incidente e foi acionado para prestar socorro.
Ao chegarem, os socorristas encontraram Tamara e os filhos já sendo atendidos por banhistas, mas a mulher estava em estado grave, classificado como grau 6 de afogamento, o mais severo, com a vítima em parada cardiorrespiratória. Mesmo sendo encaminhada para o pronto-socorro pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a morte de Tamara foi confirmada. Já os filhos, uma adolescente e um menino de 6 anos, receberam atendimento e não correm risco de morte.
A prefeitura de Mongaguá informou que Tamara era moradora de Praia Grande e aparentava ter entre 30 e 35 anos de idade. A criança foi entregue ao pai, que estava presente no local. Durante o resgate, um morador local, David Martins, de 34 anos, perdeu seu celular e carteira ao ajudar no salvamento do menino de 6 anos. Mesmo passando por dificuldades financeiras, devido ao desemprego, David não hesitou em agir para salvar a criança, deixando seus pertences para trás.
Após o ocorrido, David contou que pretende registrar um boletim de ocorrência pelos itens perdidos. Ele se encontra em recuperação emocional devido às cenas presenciadas durante o resgate. A Capitão do GBMar, Karoline Burnsizian, detalhou em entrevista ao Baixada em Pauta o perfil dos afogados nas praias da região, ressaltando a importância de conhecer e respeitar o mar. Com base em sua experiência, ela destacou a necessidade de compreender o ambiente marítimo para prevenir novos incidentes como o que vitimou Tamara na praia de Mongaguá.
Este trágico episódio serve como alerta sobre os perigos das praias e a importância de seguir as orientações dos salva-vidas e autoridades locais. A solidariedade e a prontidão para ajudar, como demonstrado por David e outros banhistas, são essenciais para evitar mais tragédias. Que a memória de Tamara seja lembrada não apenas como vítima, mas também como um lembrete da importância de se manter vigilante e colaborativo em ambientes aquáticos. Por isso, é fundamental respeitar o mar e seguir as recomendações dos profissionais capacitados para desfrutar com segurança das praias do litoral de São Paulo.
