Acusados de enviar bomba à advogado vão à juri popular

Acusados de enviar o pacote com uma bomba para o advogado Walmir Oliveira da Cunha, em julho de 2016, irão à juri na próxima quinta-feira (30). Os irmãos Ovídio Rodrigues Chaveiro e Valdinho Rodrigues Chaveiro estão presos preventivamente desde dezembro de 2016. O profissional ficou gravemente ferido e teve três dedos e parte da palma da mão esquerda mutilados.

A denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) pediu o encaminhamento dos dois irmãos, que são policiais federais aposentados, a júri popular por tentativa de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, crime cometido com emprego de explosivo e dissimulação, meio que impossibilitou a defesa da vítima.

Na decisão de pronúncia, o juiz Jesseir Coelho, na condição de substituto na 2ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, considerou que na audiência de instrução e julgamento as testemunhas reconheceram Ovídio como sendo a pessoa que entregou o artefato explosivo para o motoboy levar ao escritório do advogado.

Segundo os autos, a motivação para o crime seria a represália dos acusados em relação a atuação profissional da vítima, Walmir, como advogado. Em uma ação, ele teria revertido a guarda de uma criança, neta de Valdinho, para o pai e cliente de Cunha.

A sessão da quinta-feira (30) será aberta ao público e será presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa, titular da 2ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. Foram arroladas 12 testemunhas, sendo seis de cada parte, e dois informantes. O processo conta com cerca de 2000 páginas será julgado por sete jurados. O presidente da Comissão Nacional de Defesas das Prerrogativas e Valorização das Advocacia (CNDPVA) do Conselho Federal das Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dr. Cássio Lisandro Telles, virá a Goiânia para acompanhar pessoalmente a sessão plenária do juri, a pedido do presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Cláudio Pacheco Prates Lamachia.

Serviço

Assunto: Júri dos acusados de atentado contra Walmir Cunha

Data: 30/8 (quinta-feira)

Horário: 8h30

Local: 2ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri

Mais informações: 62 3522 3163

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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