Treinador de handebol é denunciado pelo Ministério Público por maus-tratos e violência sexual contra adolescentes em Minas Gerais
Francisco Júnior Corrêa Mota, um treinador de handebol de 34 anos, está sendo acusado pelo Ministério Público por cometer atos de maus-tratos, estupro, importunação e assédio sexual contra os adolescentes que faziam parte da equipe que ele treinava. Segundo as investigações, o treinador agredia e manipulava os atletas, utilizando ameaças de exclusão do time para coagi-los a obedecer suas vontades. Em um ambiente hostil criado por ele, os jovens que se negavam a cumprir suas ordens eram punidos e ridicularizados diante dos colegas. No total, 14 adolescentes foram apontados como vítimas desse comportamento abusivo.
As denúncias feitas pela Promotoria de Justiça de Pompéu revelam que, entre os anos de 2017 e 2021, Francisco teria agredido fisicamente e psicologicamente nove adolescentes com idades entre 13 e 17 anos. Alguns relatos indicaram que as agressões ocorriam principalmente durante competições, especialmente após derrotas, incluindo tapas no rosto. Além disso, o treinador utilizava táticas de intimidação, como ameaças de exclusão da equipe e promessas vazias de ascensão esportiva.
Outra denúncia aponta que o treinador recrutava jovens de várias cidades de Minas Gerais e de outros estados para integrarem sua equipe, prometendo condições de alojamento, alimentação e oportunidades no esporte. No entanto, os adolescentes eram submetidos a situações degradantes, como agressões físicas, chantagens, xingamentos e até abusos sexuais. Para manipular os atletas, Francisco oferecia benefícios materiais, como dinheiro, celulares e promessas de vagas em times internacionais.
O caso ganhou destaque em maio de 2024, quando um vídeo que mostrava o treinador agredindo um adolescente de 15 anos começou a circular nas redes sociais. Contudo, não foi a primeira vez que Francisco esteve envolvido em polêmicas, pois em julho de 2023 ele já havia sido indiciado por injúria racial após proferir ofensas racistas a um estudante durante os Jogos Escolares de Minas Gerais. O comportamento abusivo e violento do treinador gerou preocupação e revolta na comunidade esportiva.
Diante das acusações e denúncias apresentadas pelo Ministério Público, espera-se que a justiça seja feita e que os responsáveis por esses atos de violência sejam devidamente punidos. É fundamental garantir a proteção e o bem-estar dos jovens atletas, assim como a integridade e a ética no ambiente esportivo. A denúncia e a exposição dessas práticas abusivas são passos importantes para promover a conscientização e prevenir novos casos de violência no esporte. O Diário do Estado continuará acompanhando o desdobramento desse caso e fornecendo informações atualizadas sobre o assunto.