Cartilha citada por Bolsonaro nunca foi distribuída pelo MEC

“O título está fora de catálogo, mas a editora se orgulha de sua publicação”, esclarece nota

A editora Companhia das Letras informou que o livro “Aparelho Sexual e Cia”, citado como “KiT Gay” pelo candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), durante entrevista ao Jornal Nacional, na última sexta-feira (28), está fora do catálogo, portanto não foi distribuído pelo Ministério da Educação (MEC).

“O livro ‘Aparelho sexual e cia.’, mencionado na entrevista de abertura do Jornal Nacional do dia 28 de agosto, foi publicado pelo selo jovem da Companhia das Letras. Infelizmente, o título está fora de catálogo, mas a editora se orgulha de sua publicação.”, comunicou a editora.

Em nota publicada em 2016, o MEC informou que “Aparelho Sexual e Cia” nunca integrou seu programa educativo. “O vídeo que apresenta as obras como sendo do MEC, em nenhum momento, comprova a vinculação do Ministério aos materiais citados, justamente porque essa vinculação não existe”.

Durante a entrevista, o candidato afirmou que o livro é inapropriado para crianças pois seria “normal mulher com mulher”.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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