Minas Gerais segue liderando a lista suja do trabalho escravo no Brasil, conforme apontou o Ministério do Trabalho. O Diário do Estado divulgou que Minas é responsável por 159 dos 745 nomes listados, correspondendo a 21% do total. Uma fábrica clandestina em MG foi flagrada produzindo 16 mil cigarros por minuto e mantendo os trabalhadores em condições degradantes.
Nesta quarta-feira (9), o Ministério do Trabalho e Emprego apresentou a nova atualização da “lista suja” que inclui empregadores responsáveis por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. Minas Gerais continua na liderança do ranking nacional com o maior número de casos registrados.
No último ano, 155 empregadores foram adicionados à lista, sendo a maioria ligada a atividades rurais. Além disso, 18 casos de trabalho análogo à escravidão em atividades domésticas foram comprovados. Em 2024, Minas registrou 165 casos, de um total de 727 em todo o Brasil, representando 22% do total.
Na Região Metropolitana e Central do estado, foram identificados empregadores envolvidos em práticas ilegais. Alguns deles foram recentemente incluídos na lista. A ação do Ministério do Trabalho e Emprego visa combater essas irregularidades e proteger os trabalhadores contra exploração e condições degradantes.
A “lista suja” do trabalho escravo, criada em 2003, é fundamental para o combate a esse tipo de crime. Auditores-fiscais do trabalho realizam inspeções e, ao identificar condições análogas à escravidão, emitem um auto de infração. Com base nesse documento, é aberto um processo administrativo para apurar as irregularidades.
Empregadores só entram na “lista suja” após a conclusão do processo administrativo e a decisão definitiva, sem possibilidade de recurso. As denúncias de trabalho escravo podem ser feitas de forma sigilosa no Sistema Ipê, implementado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho.
É importante conscientizar a população sobre o que é considerado trabalho escravo e suas formas de denúncia. O combate a esse crime é essencial para proteger os direitos dos trabalhadores e garantir condições dignas de trabalho para todos. Juntos, podemos contribuir para erradicar essa prática abominável.