Alckmin admite facilitar porte de arma no campo

O candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), admitiu pela primeira vez, na quinta-feira, 17, que pretende facilitar o porte de armas para a população que mora em áreas rurais, caso seja eleito.

A afirmação foi feita ao ser questionado sobre o posicionamento do também candidato a presidência, Bolsonaro (PSL), que afirmou que, se pudesse, daria um fuzil a cada produtor agrícola do país como forma de combater a crescente violência no campo.

“Porte de armas pode ter. Na área rural até deve ser facilitado”, afirmou Alckmin, ressaltando que, no campo, as pessoas estão muito distantes umas das outras, o que as tornaria alvo fácil. O tucano disse que morou em sítio até os 16 anos e que seu pai costumava falar que, na zona rural, as pessoas devem morar como “índios”, próximas, para que “um proteja o outro”.

O candidato sempre ressaltou que retirar arma de circulação ajudava a reduzir os índices de criminalidade. Ele não explicou qual seria sua proposta nem por que mudou de ideia em relação ao desarmamento.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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