Conheça o jovem destaque do Atlético Nacional, rival do Inter, que passou pelo Palmeiras
Marino Hinestroza não foi comprado pelo Verdão, onde chegou a trabalhar com Abel Ferreira, mas virou destaque do time colombiano, que enfrenta os gaúchos no Beira-Rio
Atlético Nacional 3 x 0 Nacional | Gols | 1ª rodada | CONMEBOL Libertadores 2025 [https://s04.video.glbimg.com/x240/13485487.jpg]
Atlético Nacional 3 x 0 Nacional | Gols | 1ª rodada | CONMEBOL Libertadores 2025
Um dos destaques do Atlético Nacional, rival do Inter [https://ge.globo.com/rs/futebol/times/internacional/] nesta quinta-feira pela Conmebol Libertadores, passou pela base do Palmeiras. Marino Hinestroza, atacante de 22 anos, esteve pouco mais de uma temporada no Verdão, chegou a trabalhar com Abel Ferreira, mas não permaneceu no Brasil. Hoje, brilha no futebol de seu país.
+ Veja a tabela completa da Conmebol Libertadores [https://ge.globo.com/futebol/libertadores/]
Driblador e tido como abusado, Hinestroza é um dos jogadores valorizados da equipe colombiana. São três gols e quatro assistências em 11 partidas nesta temporada. O atacante foi o grande nome da vitória por 3 a 0 sobre o Nacional, com um gol e duas assistências. E teve uma passagem pelo Brasil há cinco anos.
Em 2020, o Palmeiras contratou Hinestroza por empréstimo junto ao América de Cali, com opção de compra. O jovem, que nesta quinta-feira joga no Beira-Rio, se destacou em um torneio no Rio Grande do Sul no ano anterior, quando o clube paulista decidiu contratá-lo.
– O Hinestroza chamou nossa atenção na Copa RS quando defendia o América de Cali. Alguns times foram atrás, mas o Palmeiras conseguiu trazê-lo. Foi bem, principalmente pelas características dele, de drible e arranque – conta João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras, ao ge.
Marino Hinestroza comemora gol nos tempos de sub-20 do Palmeiras — Foto: Fabio Menotti/Palmeiras
O atacante, conhecido apenas por Marino no Brasil, chegou ao Palmeiras no começo de 2020, ainda com 17 anos, quando fazia os primeiros trabalhos nas instalações do clube. Porém, a pandemia adiou os planos. Mais tarde, em setembro, já na maioridade, Hinestroza iniciou de fato a trajetória pelo Palmeiras, integrando a equipe sub-20.
Após jogos no Brasileirão e Copa do Brasil da categoria, surgiu a primeira chance de integrar o grupo principal, sob comando de Abel Ferreira. Com muitos desfalques pela Covid-19 e outros problemas físicos, o técnico português recorreu à base para completar o elenco.
Marino Hinestroza, do time sub-20 do Palmeiras, com Abel Ferreira — Foto: Cesar Greco / Ag. Palmeiras
Em duelos com Ceará, nas quartas da Copa do Brasil, e Fluminense, no Brasileirão, Hinestroza ficou no banco de reservas. O atacante seguiu no sub-20 em 2020 e quase toda temporada seguinte, quando dividiu ataque com Endrick [https://ge.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/endrick-se-destaca-com-gol-e-assistencia-e-palmeiras-goleia-no-paulistao-sub-20.ghtml], mas não foi mais relacionado na equipe principal.
– Como a maioria dos atletas que vêm para base de outros países que não disputam o mesmo nível de competições que no Brasil, sofrem muito com contusões. Foi o que ocorreu com ele. Chegou a treinar no profissional, mas sofreu com lesões musculares – lembrou Sampaio.
É um atleta com desequilíbrio no mano a mano. É um jogador do drible, do improviso e tem muita força de arraste. Quando está no dia, é difícil pará-lo. — João Paulo Sampaio, coordenador de base do Palmeiras, sobre Hinestroza
Marino e Endrick (os dois mais à esquerda) comemoram gol no sub-20 do Palmeiras — Foto: Lolê/A. A. Flamengo
O Palmeiras não exerceu a opção de compra de Marino no fim de 2021, e o jogador voltou ao América de Cali, onde viveu uma polêmica ao se recusar a renovar contrato. Em meados do ano seguinte, o atacante acertou com o Pachuca, do México, efetivamente como profissional.
Campeão do torneio Apertura 2022, o jovem permaneceu no clube até o fim de 2023, quando seguiu para o Columbus Crew, da MLS. A experiência foi curta, de apenas seis meses, sendo vice-campeão da Champions da Concacaf, perdendo a final exatamente para o Pachuca.
Marino Hinestroza em ação pelo Pachuca — Foto: Tuzos, divulgação
Por fim, em meados de 2024, Marino Hinestroza retornou à Colômbia ao fechar por empréstimo com o Atlético Nacional. No seu país, passou a ter mais espaço e ganhar protagonismo. O atacante conquistou a Copa da Colômbia, com gol na final contra o América, seu ex-clube, e venceu também o torneio Finalización, garantindo uma vaga na Libertadores.
– É um jogador rápido, habilidoso, gosta do drible, tem bom manejo de bola com o pé direito, arremates de média distância e gols. Foi chamado à seleção da Colômbia, mas na última janela das Eliminatórias não somou minutos – relata Mauricio Agudelo, da rádio Sportiva de Medellín.
– Fora de campo é um jovem divertido, mas teve alguns pequenos escândalos por comemorações que fez, de provocar os times visitantes e os torcedores dos rivais, mas é um garoto alegre que vem de origem muito humilde – acrescenta.
Marino Hinestroza em Atlético Nacional x Nacional pela Libertadores — Foto: Divulgação/Conmebol
Hinestroza acumula sete gols e sete assistências em 39 jogos pelo Atlético Nacional, que o adquiriu em definitivo junto ao clube norte-americano.
Nesta quinta, o jovem volta ao Brasil e ao Rio Grande do Sul, onde chamou atenção do Palmeiras há mais de cinco anos. Agora, porém, consolidado como destaque do time colombiano, bicampeão da América.