Brasileiro acusado de matar esposa e filha no Japão vai a júri popular, decide
Justiça
Anderson Robson Barbosa é do Paraná e está preso em Curitiba desde 2023. Duplo
homicídio aconteceu em de agosto de 2022, no Japão.
1 de 4 Anderson Barbosa, brasileiro suspeito de envolvimento na morte da esposa
e da filha no Japão — Foto: Reprodução/RPC
Anderson Barbosa, brasileiro suspeito de envolvimento na morte da esposa e da
filha no Japão — Foto: Reprodução/RPC
Anderson Robson Barbosa vai a júri popular pelas mortes de Manami Aramaki,
esposa de 29 anos e a filha Lily, de 3. A decisão foi divulgada pela Justiça Federal do Paraná (JF-PR) nesta
quinta-feira (10). O réu é natural de Londrina, cidade do norte do estado, e é acusado de cometer o duplo homicídio no Japão, em agosto de 2022. Relembre o caso abaixo. A sentença de pronúncia do juiz federal Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara
Federal de Curitiba, reconheceu indícios de crime doloso e “existência de indícios suficientes de autoria ou de participação do acusado”.
A decisão ocorre após testemunhas do caso, que moram no Japão, serem ouvidas
pela JF-PR entre os dias 26 de novembro e 4 de dezembro. Anderson, que está
preso preventivamente em Curitiba desde 2023, foi o último a prestar depoimento.
Após um acordo de cooperação jurídica internacional, o paranaense será julgado
no Brasil pelo crime de duplo homicídio qualificado.
2 de 4 Manami Aramaki, esposa de Anderson, brasileiro preso após ficar quase um
ano foragido — Foto: Reprodução
Manami Aramaki, esposa de Anderson, brasileiro preso após ficar quase um ano
foragido — Foto: Reprodução
Qualificadoras relacionadas ao homicídio da esposa:
* motivo fútil (por não aceitar o divórcio e possível perda do visto de
permanência);
* meio cruel;
* recurso que dificultou a defesa da vítima;
* feminicídio.
Qualificadoras relacionadas ao homicídio da filha:
* meio cruel;
* recurso que tornou impossível a defesa da vítima;
* assegurar a impunidade de outro crime;
* contra menor de 14 anos.
Ainda não há data prevista para o julgamento.
Em nota enviada à RPC e ao de, a defesa de Anderson disse que irá se manifestar
após serem intimados.
RELEMBRE O CASO
As vítimas foram achadas mortas dentro do apartamento da família em 24 de agosto
de 2022, conforme divulgado pelas autoridades japonesas.
Na época, o advogado de Barbosa disse que o homem encontrou a esposa e a filha
sem vida após chegar do trabalho. Por medo, segundo o pronunciamento, fugiu do
Japão.
De acordo com a imprensa japonesa, entretanto, dias antes da morte da esposa e
da filha, Anderson pediu dispensa de duas semanas do trabalho.
Em seguida, a Interpol divulgou a foto dele para que denúncias fossem feitas.
3 de 4 Anderson Robson Barbosa é procurado pela polícia do Japão suspeito de ter
assassinado a esposa e a filha. — Foto: Reprodução/RPC
Anderson Robson Barbosa é procurado pela polícia do Japão suspeito de ter
assassinado a esposa e a filha. — Foto: Reprodução/RPC
Veja mais sobre o caso:
* Vídeo: veja momento em que paranaense suspeito de matar esposa e filha no
Japão é preso no Brasil
* Paranaense suspeito de matar esposa e filha no Japão chega a Curitiba
Segundo a investigação, a motivação para o crime foi o fato de Anderson ter medo
que a esposa Manami pedisse o divórcio e ele perdesse o Certificado de Residência no Japão, documento que autorizava a permanência dele no país.
Anderson, então, é suspeito de primeiramente matar Manami a facadas e depois, Lilly. O crime teria acontecido entre os dias 20 e 21 de agosto.
Em novembro de 2022, a polícia japonesa cumpriu agenda no Brasil para discutir a
investigação e Barbosa era procurado pela Organização Internacional de Polícia
Criminal (Interpol).
Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado quase um ano após o crime, no
dia 14 de julho de 2023, na casa de uma amiga em São Paulo.
Desde então, ele permanece preso em Curitiba.
4 de 4 Momento em que Anderson Robson Barbosa foi preso em São Paulo (SP) pela
Polícia Federal — Foto: Reprodução/PF
Momento em que Anderson Robson Barbosa foi preso em São Paulo (SP) pela Polícia
Federal — Foto: Reprodução/PF
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