Homem enfrenta saga após descobrir casamento com cunhada na Bahia: erro judicial gera constrangimentos e dificuldades burocráticas

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Homem descobre que está casado com a própria cunhada na Bahia

Um equívoco pode ter ocasionado uma confusão envolvendo os irmãos de nomes semelhantes; a família tem enfrentado dificuldades para corrigir a situação, e o caso está em análise judicial.

Há quatro anos, Abel Menezes tenta solucionar um erro inesperado que modificou o rumo de sua vida. Solteiro, ele descobriu que, legalmente, está casado — e com a própria cunhada.

A surpresa surgiu quando Abel tentou obter a segunda via da certidão de nascimento em um cartório na Bahia. “Informaram que eu tinha uma cônjuge. Eu disse que nunca me casei. Foi a partir daí que toda essa saga começou”, relata Abel.

No registro oficial consta um casamento entre ele e Fábia Almeida, governanta que, na verdade, é casada desde 14 de novembro de 2012 com seu irmão, Acel Menezes. A certidão de casamento correta do casal existe e foi emitida na época. Acredita-se que o equívoco tenha ocorrido durante o registro do casamento no cartório, confundindo o nome do noivo.

“A gente foi registrado no mesmo cartório. Eu, Acel, nasci em 15 de agosto de 1986, e Abel nasceu em 16 de agosto de 1985. Os nomes são parecidos, pode ter sido isso”, explica Acel.

A confusão tem causado constrangimentos. “As pessoas fazem piadas pesadas. Diziam: ‘olha a mulher casada com os dois irmãos’ ou chamavam de ‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’. A gente levava na esportiva para não arrumar confusão, mas incomoda”, afirma.

Atualmente, Acel e Fábia residem na Região Metropolitana de Salvador e precisam se deslocar cerca de 170 km até Serrinha, onde o casamento foi registrado. Enquanto isso, Abel vive em Juazeiro, a cerca de 380 km da cidade.

Desde 2021, a família alega ter feito mais de 50 visitas ao fórum e ao cartório de Serrinha, enfrentando muita burocracia. Diante das dificuldades, os irmãos decidiram recorrer à Justiça. “Há dois meses procurei um advogado, porque não consigo emitir minha certidão de nascimento nem tirar outro RG. Isso está atrapalhando meu crescimento profissional, porque preciso da documentação correta para ter acesso ao certificado de um curso profissionalizante. Me sinto prejudicado financeiramente e emocionalmente”, desabafa Abel.

A reportagem buscou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), mas até o momento da publicação deste conteúdo, não obteve resposta.

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