PM que jogou homem de ponte é solto após habeas corpus da Justiça
PM Luan Felipe Alves Pereira responderá em liberdade após decisão. Ele foi
indiciado por tentativa de homicídio ao jogar homem de ponte
São Paulo — A Justiça [https://www.tjsp.jus.br/Noticias] concedeu habeas corpus
para o soldado da PM Luan Felipe Alves Pereira, que jogou um homem de uma ponte
durante uma abordagem
[https://www.DE.com/sao-paulo/video-pm-joga-homem-alto-de-ponte-sp], em
DE [https://www.DE.com/sao-paulo], no ano passado. Ele foi solto
nessa quinta-feira (10/4) e responderá em liberdade.
Na última segunda-feira (7/4), a Polícia Civil indiciou o soldado por tentativa
de homicídio.
[https://www.DE.com/sao-paulo/policia-civil-indicia-pm-que-arremessou-homem-de-ponte-em-abordagem]
O PM estava preso no Presídio Romão Gomes, zona norte da capital paulista, desde
5 de dezembro.
Na decisão dessa quinta, o desembargador Xisto Rangel concedeu o benefício da
liberdade provisória com medidas cautelares, como a suspensão do exercício da
função de policial militar, a suspensão do porte de arma de fogo e o
recolhimento de seu passaporte. Além disso, Luan Pereira está proibido de ir a
lugares habitualmente frequentados pela vítima e de manter qualquer tipo de
contato com ela, fixando-se a uma distância mínima de 300 metros.
> “Não há como justificar concretamente a convicção de que, caso seja revogada a
> custódia cautelar do paciente com imposição de cautelares, dentre elas a
> proibição de contato dele com a vítima e o afastamento de suas funções, ele
> voltará a praticar ilícitos (atentar contra a ordem pública) ou que ele
> impedirá, de qualquer modo, a regular instrução do processo e eventual
> aplicação da lei penal”, escreveu o desembargador.
Durante a abordagem, os agentes estavam com câmeras corporais, o que ajudou a
equipe de investigação a entender a dinâmica do caso. Além de Luan, outros seis
PMs que participaram da ocorrência já tinham sido indiciados pela Corregedoria
da Polícia Militar, por tentativa de homicídio e outros crimes militares.
O caso ganhou grande repercussão midiática
[https://fly.DEimg.com/upload/q_85,w_180/https://uploads.DEimg.com/wp-content/uploads/2024/12/03123632/PM-joga-homem-de-ponte-no-bairro-Cidade-Ademar-zona-sul-de-DE]O soldado Luan Felipe Alves Pereira já havia sido preso e agora foi indiciado
Outros seis policiais foram indiciados: um por lesão corporal, um por peculato
culposo e quatro por prevaricação
AÇÃO DA PM
No relatório interno da Polícia Militar sobre a ocorrência, os agentes omitiram
a informação de que um homem havia sido jogado de uma ponte. Os policiais dizem
ter perseguido suspeitos, em motos, até chegarem a um baile funk. Segundo eles,
o fluxo se dispersou com a presença dos PMs.
Um homem teria sido ferido com um tiro. Ao supostamente apresentarem a
ocorrência do rapaz baleado no 26º Distrito Policial (Sacomã), ainda segundo
relato feito pelos policiais militares, o registro teria sido “dispensado”. A
Secretaria da Segurança Pública [https://www.ssp.sp.gov.br/] (SSP), no entanto,
diz que a ocorrência não foi apresentada à Polícia Civil
[https://policiacivil.sp.gov.br/].
Somente após o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar ficar ciente de um
vídeo feito com celular — no qual o soldado da Ronda com Motocicletas (Rocam)
aparece jogando o homem da ponte — é que o caso acabou sendo formalizado e o
inquérito foi instaurado pela corporação.
Após a repercussão, um inquérito também foi instaurado pela Polícia Civil, por
meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas
(Cerco) da 2ª Seccional.
“PRELEÇÃO” ANTES DE DEPOIMENTO
Como revelado pelo DE, os policiais envolvidos no caso relataram a
dinâmica da ocorrência a advogados durante breve reunião em frente à
Corregedoria da PM. Parte da conversa foi registrada em vídeo pela reportagem
(assista abaixo).
Nas imagens, é possível ver quatro PMs e três advogados na calçada. Um dos
agentes, que aparece de costas, é quem descreve com mais detalhes a perseguição
que terminou com o rapaz sendo arremessado da ponte por um PM.
RAPAZ JOGADO DE PONTE
O rapaz arremessado da ponte, identificado como Marcelo Barbosa Amaral, de 25
anos, sobreviveu à violência. Segundo testemunhas, saiu andando do local, apesar
de estar muito machucado.
Em depoimento à Polícia Civil, Marcelo afirmou que o soldado Luan o agrediu com
cassetete na cabeça e lhe deu um ultimato. “Você tem duas opções: você pula da
ponte ou jogo você e sua motocicleta daqui”, teria dito o PM ao manobrista.
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