Parceria entre SSP, MP e TJ facilita a busca por desaparecidos

Localizar e identificar pessoas desaparecidas, vítimas de crimes ou não. Estes são os principais objetivos do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid). O termo de cooperação para implantação da iniciativa foi assinado nesta quinta-feira (30), pelo secretário de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior, o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), desembargador Gilberto Marques Filho.

O sistema permitirá o compartilhamento de dados por meio de ferramentas únicas para potencializar ações de busca de pessoas desaparecidas, submetidas ao tráfico de seres humanos ou em situações correlatas. “É nosso dever empenhar todos os esforços para acabar com o sofrimento das famílias que têm pessoas desaparecidas”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior.

Por meio do Plid, haverá um banco de dados inteligente, que cruza informações provenientes de diversos órgãos utilizadas nos processos de localização de desaparecidos, identificação de óbitos e verificação de fenômenos correlatos. “É uma iniciativa voltada para a sociedade”, destacou o procurador-geral de Justiça.

De acordo com a coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Direitos Humanos do MP Goiás, promotora Patrícia Otoni, o Plid promoverá melhorias significativas na averiguação dos desaparecimentos . “Vamos facilitar o acesso às informações de cada caso. Isso vai garantir mais objetividade na identificação dos desaparecidos”, explicou.

A Secretaria de Segurança Pública ficará responsável, entre outras medidas, por padronizar as comunicações de desaparecimentos, garantindo que os dados possam ser inseridos, validados, acompanhados e atualizados no Registro de Atendimento Integrado (RAI).

Também será responsabilidade da SSP garantir, por meio das forças policiais, que comunicados de desaparecimento tenham prioridade no atendimento. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública criará a Coordenação de Investigação de Desaparecidos, que será chefiada por um representante da Polícia Civil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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