Estupro e cárcere privado em estúdio de música no PR: vítima foi solta pelo
namorado e amigo dele após conseguir ligar para primo e pedir ajuda, diz
delegado
Jovem relatou que foi mantida drogada pelos agressores. Defesas deles negam os
crimes.
1 de 1 Suspeitos foram presos pela Guarda Civil Municipal — Foto: Guarda Civil
Municipal
Suspeitos foram presos pela Guarda Civil Municipal — Foto: Guarda Civil
Municipal
A mulher que foi mantida em cárcere privado em um estúdio de música pelo próprio
namorado e por um amigo dele só foi solta após conseguir ligar para um primo e pedir ajuda, segundo a Polícia Civil.
O delegado Josimar Antônio da Silva, responsável pelo caso, explica que após a
ligação o primo dela foi até o local, discutiu com os suspeitos e a levou
embora. O caso aconteceu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
Os homens foram presos após a vítima ser libertada, procurar a Guarda Civil
Municipal (GCM) e relatar os crimes. Relembre detalhes mais abaixo.
Eles foram autuados em flagrante no dia 29 de março e tiveram a prisão
convertida em preventiva.
Segundo o delegado, o inquérito foi finalizado e os dois foram indiciados por
estupro e cárcere privado e denunciados criminalmente. Para os crimes, o Código
Penal prevê pena de até 15 anos de prisão.
A DE questionou o Ministério Público se a denúncia já foi recebida pela Justiça
e aguarda resposta.
Os nomes dos detidos não foram revelados. Os advogados deles alegam que ambos
são inocentes.
O DE questionou o Ministério Público se a denúncia já foi recebida pela Justiça
e aguarda resposta.
Os nomes dos detidos não foram revelados. Os advogados deles alegam que ambos
são inocentes.
JOVEM RELATOU TER SIDO DROGADA PELO NAMORADO E AMIGO DELE
O delegado Josimar Antônio da Silva, responsável pelo caso, explica que o
estúdio de música é de um dos suspeitos e, inicialmente, a vítima estava com
eles por vontade própria.
Segundo ele, a mulher contou que passou cerca de uma semana com o namorado –
porém, quando quis ir embora, foi mantida à força.
Após a denúncia feita à Guarda Municipal, os agentes foram até o local, mas não
encontraram os suspeitos. Entretanto, na sequência, os homens retornaram ao
imóvel e foram detidos pela equipe.
“A jovem teria sido drogada com o uso de remédios e entorpecentes e mantida em
cárcere privado pelos agressores, sendo forçada, sob grave ameaça, a manter
relações com os indivíduos”, afirma a Guarda Civil Municipal, responsável
pelas prisões.
Violência contra mulher: como pedir ajuda
O QUE DIZEM OS SUSPEITOS
Roberto Corrêa, advogado que atua na defesa do namorado da vítima, nega os
crimes e afirma que as relações sexuais foram consensuais.
Em nota, o advogado Helian Kosloski dos Santos, que atua na defesa do outro
suspeito, também afirma que o cliente é inocente.
“Desde o primeiro momento da investigação policial, ainda em Inquérito, a vítima
e familiares são claros ao afastarem a participação do produtor em qualquer ato
sexual que não tenha sido consentido. A vítima ainda relatou, em delegacia, que
o produtor não possuiu qualquer envolvimento em relação ao cárcere privado
judicial”, alega.