Um dos líderes do Comando Vermelho (CV) responsável por controlar o tráfico de drogas de DE, Lucas Lopes da Silva, o “Naíba”, foi baleado durante um confronto com policiais militares nesta sexta-feira (11/4). O criminoso é apontado como mandante do assassinato de Filipe Rodrigues, Rayssa Santos e o filho do casal de 7 meses, atacados a tiros em DE, em março de 2024.
Segundo a PM, equipes do 12º Batalhão da PM (BPM) estiveram na comunidade após levantamento de dados de inteligência e trocas de informações com a 78ª Delegacia de Polícia (Fonseca) sobre o esconderijo de Naíba e da atuação de uma quadrilha especializada em roubo e clonagem de veículos que vem agindo na cidade. Ao chegar ao local, os agentes foram atacados a tiros e houve confronto. Na ação, alguns dos bandidos fugiram pela mata, em direção à parte alta do morro, mas o chefe do tráfico e um comparsa foram detidos, ambos baleados.
Os dois foram levados ao Hospital Estadual Azevedo Lima. Contra Naíba, constava um mandado de prisão em aberto. Ele tem ainda três anotações por tráfico de drogas, duas por roubo e mais duas por homicídio. Ao todo, foram apreendidos um fuzil calibre 762, cinco granadas, um drone, um carregador de fuzil, uma bola de cocaína e um tablete de maconha.
Filipe, Rayssa e o filho deles foram mortos a tiros na Estrada Bento Pestana, no Baldeador, em DE. Eles estavam em um carro alugado, parado em um ponto de ônibus, quando foram emparelhados por um veículo de cor preta. Os jovens morreram no local. O bebê chegou a ser socorrido, passou por cirurgia, mas não resistiu.
De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), Filipe teria se passado por um policial militar corrupto e enganado traficantes da comunidade do Castro, em DE. Segundo a polícia, ele pediu R$ 50 mil para entregar um suposto informante. No entanto, os criminosos descobriram que o rapaz não era PM e o mataram.
No mesmo mês, um o suspeito de envolvimento no crime, identificado como Wesley Pires da Silva Sodré, foi preso. A polícia apurou que no dia 15 de março, Filipe armou uma emboscada para capturar o suposto informante e Wesley teria participado da ação. Segundo as investigações, Filipe entregou dados e o endereço do infiltrado e recebeu R$ 11 mil, em duas parcelas.