Maquete de Salvador montada pela Rede Bahia ganha formato digital e é acessível ao público

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Maquete de Salvador montada pela primeira vez na Central de Eleições da Rede Bahia ganha formato digital

Tombado em 2020 como patrimônio cultural da cidade, elemento teve os módulos fotografados em diferentes ângulos, georreferenciados e organizados para permitir visualização em ambiente virtual.

A maquete de Salvador DE que foi montada pela primeira vez, depois de 50 anos, para um projeto da Central de Eleições da Rede Bahia ganhou uma versão digital. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), responsável pelo projeto.

Tombada em 2020 como patrimônio cultural da cidade, a maquete foi fotografada em diferentes ângulos, georreferenciando e organizando individualmente os 103 módulos que a compõe. Com isso, os apaixonados por Salvador conseguem navegar pela estrutura, entender a história e apreciar os detalhes.

Cidade alta, cidade baixa, subúrbio, orla, avenidas, áreas verdes e muito mais. Está tudo registrado na maquete de Salvador, patrimônio que depois de 50 anos foi montado integralmente, pela primeira vez, em iniciativa promovida pela Central de Eleições da Rede Bahia. A partir da próxima segunda-feira (9), o público poderá ver a obra no BATV, em um projeto batizado de Salvador na Palma da Mão, com entrevistas com candidatos que disputam a Prefeitura Municipal da capital baiana.

Nesta edição do podcast Eu Te Explico, o apresentador Fernando Sodake mostra a importância histórica da maquete, que foi tombada pela prefeitura municipal em 2020. Participam do episódio os jornalistas Henrique Mendes, coordenador da Central de Eleições da Rede Bahia, e Ana Luiza Carvalho, editora do projeto no BATV, além do gerente de planejamento e informações da Fundação Mário Leal Ferreira, o arquiteto e urbanista Fernando Teixeira.

Veja detalhes da maquete de Salvador, montada integralmente pela primeira vez após 50 anos.

HISTÓRIA – A maquete foi idealizada pelo arquiteto, urbanista e professor Francisco Assis Reis (1926 – 2011), sergipano radicado na Bahia que, em 1973, sugeriu ao então prefeito Clériston Andrade a construção de uma ferramenta que permitisse a visualização de toda a capital baiana. A primeira apresentação da maquete ao público foi em março de 1975, em uma exposição nos pavimentos do Elevador Lacerda. Na época, ela tinha aproximadamente um terço dos módulos que a compõem na atualidade. São 109 que ocupam mais de cem metros quadrados, quando montados.

A maquete representa toda a porção continental do município e aparece como obra em constante atualização, pois novos módulos são inseridos à medida que mudanças urbanas acontecem. A proporção em escala equivale a uma Salvador reduzida em duas mil vezes. Na montagem é possível verificar alterações em avenidas como a Vasco da Gama, além de conferir as áreas verdes, praças e sistemas de transporte, como metrô e BRT. As dimensões amplas tornam desafiadora a identificação de um local adequado para possa ser exposta ao público. Para o BATV, o local escolhido foi o Centro de Convenções de Salvador.

Coordenador da Central de Eleições da Rede Bahia, Henrique Mendes, contou que ao descobrir que a maquete nunca tinha sido montada integralmente, foi colocada em prática a ideia de tê-la como parte do cenário em entrevistas com candidatos que disputam a prefeitura. “É um produto importante para trazermos na nossa cobertura eleitoral, aproximando os candidatos e a população”, comentou. Responsável pelo roteiro do projeto Salvador na Palma da Mão no BATV, a jornalista Ana Luiza Carvalho reforça que essa é a primeira vez que entrevistas com candidatos são feitas em um formato integrado, com um recurso tão rico em detalhes. “Vendo a maquete, você entende um pouco mais a cidade. Vendo que o candidato entende mais a cidade, entendendo as propostas, você pode cobrar mais. E cobrar mais não é só na hora de votar. Cobrar mais é também acompanhar e dar forças até para o candidato que você vai votar”, disse.

Arquiteto e urbanista Fernando Teixeira comenta que desde que foi planejada, na década de 70, a ferramenta foi pensada para registrar transformações urbanas na capital baiana. Com isso, avenidas, espaços gradativamente habitados e construções relevantes foram incorporados ao longo dos anos. Ele comentou no podcast curiosidades ligadas a continuada construção da maquete ao longo de cinco décadas. “A maquete passou por um momento complicado, porque a prefeitura não sabia o que fazer com ela, e ficou um bom tempo encaixotada ou largada em um depósito. Na segunda metade da década de 1970, com o início dos trabalhos do plano diretor da época, ela foi resgatada como um instrumento de planejamento, da pré-estudo de imagem, de paisagem e do próprio desenvolvimento urbano de Salvador da época”, conclui.

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