Itamaraty tira de função servidor que defendeu “cacete” para indígenas
Indígenas que participavam de mobilização na Esplanada foram reprimidos com bombas de gás por policiais na quinta-feira (10/4)
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, nesta sexta-feira (11/4), em nota que retirou de função um servidor que pronunciou a frase “mete o cacete” ao se referir ao tratamento que deveria ser dado a indígenas em ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Na ocasião, houve confronto e manifestantes foram alvo de gás lançadas pela polícia.
A fala do servidor foi feita durante uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), na quinta-feira (10/4), antes do ato na Esplanada. O servidor foi identificado como integrante do Setor de Proteção a Pessoas e ao Patrimônio (Sepro), da Divisão de Recursos Logísticos do MRE.
O QUE ACONTECEU
Houve confronto em frente ao Congresso Nacional na quinta. Indígenas que participavam de uma marcha do Acampamento Terra Livre (ATL) avançaram em direção ao gramado do Congresso e foram contidos com bombas de gás lançadas pela Polícia Legislativa. Rompimento de acordo: segundo a Câmara dos Deputados, os manifestantes ultrapassaram o limite previamente combinado, que era a Avenida José Sarney, que fica próxima ao gramado da casa legislativa. As Polícias Legislativas da Câmara e do Senado usaram bombas de gás contra os indígenas que estavam no local. Indígenas feridos: diversos manifestantes indígenas passaram mal com os gases e precisaram de atendimento médico. O Corpo de Bombeiros do DF atuou no socorro. Deputada atingida: a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que estava presente na marcha, também foi atingida pela repressão. Ela é uma das principais vozes no Congresso em defesa dos direitos indígenas
Os indígenas estão aglomerados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em número superior a 7 mil. Eles participavam de uma manifestação organizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A mobilização fez parte da programação do Acampamento Terra Livre (ATL), que tem como objetivo a defesa de direitos constitucionais dos povos indígenas.
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