O deputado Glauber Braga, do PSOL, iniciou uma greve de fome que já ultrapassa 60 horas em protesto contra a decisão do Conselho de Ética da Câmara. O parecer pela cassação de seu mandato foi aprovado com 13 votos a favor e 5 contra, motivado por um incidente em abril de 2024, quando Braga agrediu um manifestante do MBL no Congresso.
Perseguição política
Braga alega ser vítima de perseguição política por denunciar o Orçamento secreto. Ele está acampado em uma sala da Câmara, sob acompanhamento médico, que orientou a ingestão de soro para amenizar os efeitos da greve de fome. Atualmente, tem ingerido apenas água e isotônicos para se manter consciente.
Na sexta-feira, 11, o deputado realizou exames de sangue e tomou meio litro de soro para manter sua saúde. A votação final sobre a cassação de seu mandato ainda precisa ser pautada no plenário, que demanda 257 votos para aprovação. O presidente da Câmara, Hugo Motta, não estabeleceu uma data para essa votação.
Compromisso duradouro
Glauber Braga informou que continuará em greve de fome até que o processo de cassação seja concluído. Ele tem recebido apoio constante de aliados políticos e familiares, incluindo sua esposa, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que tem estado ao seu lado durante o protesto.