Nove indivíduos suspeitos de fazer parte de uma milícia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram presos durante uma festa de aniversário realizada no bairro São Bento. Segundo as investigações da Polícia Civil, o grupo está ligado à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Entre os detidos está Rogério Moura Ferreira, apontado como o chefe da narcomilícia, e Leonardo de Souza Ferreira, conhecido como PQD, que tinha um mandado de prisão por homicídio em aberto. Os demais presos têm anotações criminais em suas fichas.
As informações que levaram à operação foram obtidas através de um trabalho conjunto dos setores de inteligência da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Graco/IE), da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e da 38ª DP (Brás de Pina). Após monitoramento e cruzamento de dados, os policiais identificaram o estabelecimento comercial onde a festa estava sendo realizada, que contava com estrutura de lazer e entretenimento, como piscinas, churrasqueira, campo de futebol e bar.
Ao chegarem ao local, os agentes encontraram milicianos fazendo a segurança na porta e outros armados dentro do salão de festas. Houve uma tentativa de fuga por parte de alguns criminosos, que pularam o muro para uma área de mata, resultando em uma troca de tiros e na captura dos suspeitos. Durante a operação, foram apreendidas sete pistolas, uma espingarda, uma arma falsa, além de placas balísticas e equipamentos táticos. O líder da milícia, PQD, acabou sofrendo uma lesão no pé e precisou de atendimento médico.
As investigações apontaram também que um policial militar atua como chefe do grupo criminoso, extorquindo dinheiro de moradores e comerciantes da região. O PM em questão ainda não foi localizado, mas a Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foi acionada e informada sobre as informações obtidas. Os nove presos foram autuados por constituição de milícia privada e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, podendo receber penas que somadas chegam a 14 anos de prisão. Após os procedimentos legais, eles foram encaminhados para a Casa de Custódia de Benfica.
A prisão dos milicianos em Duque de Caxias evidencia o trabalho contínuo das forças de segurança no combate ao crime organizado na região. A atuação conjunta dos setores de inteligência e ações estratégicas resultaram na desarticulação de mais um grupo criminoso, reforçando o compromisso das autoridades em garantir a segurança e a ordem pública. É fundamental que a população denuncie atividades criminosas e colabore com as autoridades, contribuindo para um ambiente mais seguro e pacífico em suas comunidades.