A Receita Federal está apurando a inspeção realizada em três deputadas negras que alegam terem sofrido racismo em um aeroporto. Ediane Maria (PSOL-SP), Andreia de Jesus (PT-MG) e Leninha (PT-MG) afirmam que foram as únicas selecionadas para a revista ao desembarcarem de um voo do México. As parlamentares registraram um boletim de ocorrência por racismo, alegando discriminação na abordagem.

O vídeo que mostra a inspeção das bagagens das deputadas negras no Aeroporto de Guarulhos gerou repercussão. A Receita Federal se pronunciou dizendo que vai instaurar uma investigação sobre o caso, afirmando que 21 passageiros do mesmo voo passaram pelo procedimento de forma aleatória. No entanto, as deputadas alegam terem sido as únicas escolhidas, dentre passageiros brancos e negros.

As imagens do aeroporto evidenciam que a inspeção indireta não foi exclusiva das deputadas, mas sim de diversos passageiros da mesma aeronave. A Receita Federal reforça que não tolera nenhum tipo de discriminação e que a Corregedoria apurará rigorosamente o ocorrido. A ouvidoria do órgão entrará em contato com as parlamentares para fornecer todos os registros do desembarque.

A denúncia das deputadas nas redes sociais causou grande comoção. Ediane, Andreia e Leninha relataram terem sido alvo de racismo durante a revista no Aeroporto Internacional de São Paulo. Vindas de um evento no México, as três legisladoras negras afirmam terem sido submetidas a um procedimento discriminatório sem justificativa. O constrangimento levou as parlamentares a registrarem um boletim de ocorrência por racismo.

A integridade e imparcialidade da investigação são fundamentais para esclarecer o ocorrido. A Receita Federal está empenhada em apurar os detalhes da inspeção e garantir que a cidadania não seja afetada por atitudes discriminatórias. O órgão reitera seu compromisso em coibir qualquer forma de preconceito ou racismo em suas operações, assegurando um ambiente de respeito e igualdade para todos os passageiros em procedimentos de segurança nos aeroportos.