Mudanças constantes: instabilidade no comando dos times de São Paulo

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Desde 2020, técnicos têm uma média de permanência de quatro meses no Santos, sendo esta uma estatística que impressiona e reflete a instabilidade no comando do time. Com 12 mudanças de treinador desde a chegada de Abel Ferreira ao Palmeiras, é possível observar que a passagem mais longa foi a de Fábio Carille, que ficou no comando do Santos por 335 dias, recebendo vaias da torcida ao conquistar o troféu de campeão da Série B.

Recentemente, o treinador português Pedro Caixinha não teve vida longa no Santos, sendo demitido após menos de quatro meses de sua contratação devido ao mau início no Campeonato Brasileiro. A busca por substitutos já começou, com o Santos sondando Dorival Júnior e Tite para ocupar o cargo. Um panorama revelado pelos números é que, desde a chegada de Abel ao Palmeiras, o Santos teve uma rotatividade significativa de técnicos, com uma média de permanência de 128 dias.

Por outro lado, o Corinthians também enfrenta altos índices de mudanças no comando técnico, com a maior permanência sendo a de Ramón Díaz, que ficou 277 dias à frente do time. Com nove técnicos diferentes desde a chegada de Vagner Mancini em 2020, a média de permanência no comando do Corinthians é de 176 dias. Essa instabilidade no comando técnico reflete a busca por resultados imediatos e a pressão por parte dos torcedores e direção do clube.

No São Paulo, a situação é um pouco mais estável, embora também tenha visto mudanças significativas no comando técnico desde 2020. Com Luis Zubeldía sendo o sexto técnico no Tricolor desde a contratação de Fernando Diniz em 2019, o São Paulo tem uma média de permanência de 332 dias para os treinadores. Rogério Ceni se destaca com a passagem mais longa, durando 553 dias, enquanto Thiago Carpini teve o período mais curto, sendo demitido após apenas 98 dias.

A análise da rotatividade dos treinadores nos principais clubes de São Paulo revela não apenas a constante necessidade de resultados imediatos no futebol brasileiro, mas também a importância de estabilidade e continuidade para o desenvolvimento de um trabalho a longo prazo. Os dados apresentados pelos especialistas do Gato Mestre apontam para a fragilidade no cenário atual, com os clubes buscando constantemente por novas lideranças para suas equipes. A busca por equilíbrio entre resultados e projetos de longo prazo continua sendo um desafio para o futebol nacional.

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