Um vídeo chocante que circulou nas redes sociais mostra o momento em que a ativista trans Iza Potter é brutalmente agredida por um homem no prédio onde mora, localizado na região da Bela Vista, em São Paulo. As imagens gravadas pelas câmeras de segurança do local revelam a violência do ataque, que resultou em lesões corporais na vítima.

De acordo com relatos de Iza, ela conheceu o agressor após retornar de um evento e o convidou para ir até sua residência. Após uma relação sexual, o homem se recusou a sair e começou a acusá-la de furto, tornando-se violento. A situação escala para agressões físicas, com o agressor puxando os cabelos da vítima e desferindo socos em seu rosto.

Mesmo após a tentativa de Iza de se proteger e retornar para dentro do prédio, o agressor continua a agredi-la, enquanto ela clama por ajuda. Vizinhos, ao ouvirem os gritos da ativista, interferem e conseguem afastar o homem, que foge do local antes da chegada da polícia. O caso foi registrado como lesão corporal no 78º Distrito Policial dos Jardins.

A repercussão do ocorrido nas redes sociais foi intensa, com Iza relatando a violência que sofreu em uma publicação online. Ela ressalta a questão da transfobia, mencionando que a agressão não se limita ao preconceito, mas se estende a atos violentos. A ativista passou por avaliação médica, registrou a ocorrência na delegacia e realizou exames no Instituto Médico Legal.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo se pronunciou sobre o caso, informando que a vítima, uma mulher de 39 anos, foi agredida por um homem não identificado em frente ao portão do prédio. O autor da agressão fugiu antes da chegada das autoridades e o registro policial foi realizado para apuração dos fatos. A vítima foi orientada sobre os procedimentos legais para responsabilização do agressor.

O relato angustiante de Iza evidencia a vulnerabilidade das pessoas trans diante da violência e do preconceito. A importância de denunciar e buscar apoio em situações de agressão é destacada, visando a segurança e a garantia de direitos. A solidariedade dos vizinhos e a atuação das autoridades policiais devem ser reconhecidas como passos importantes para a busca por justiça e proteção das vítimas de atos violentos como este.