O Brasil encontra-se em uma situação delicada diante da pressão da China por uma reunião extraordinária no Brics para discutir a guerra comercial iniciada por DE contra Pequim. Enquanto o encontro do grupo está previsto para maio em Brasília, os chineses buscam uma reunião urgente de ministros de comércio para debater o comércio internacional e as tarifas impostas pelos Estados Unidos. A diplomacia brasileira avalia a situação como uma potencial “saia justa” com os americanos, diante da pressão para convocar essa reunião extra.

Na última sexta-feira (11), durante uma videoconferência entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, os chineses manifestaram a intenção de realizar essa reunião extraordinária antes da data já programada para maio. Agora, além da conversa, a China busca apoio do Itamaraty para que o encontro seja viabilizado. No entanto, fontes afirmam que internamente é improvável que a convocação ocorra, uma vez que o Brasil evita criar conflitos desnecessários com os EUA.

Com uma forte corrente de comércio com a China e os Estados Unidos, o Brasil tem buscado manter um equilíbrio estratégico diante da guerra comercial em curso. Mesmo com as pressões chinesas, a diplomacia brasileira acredita que o interesse manifestado também visa envolver os demais membros do BRICS nesse debate. A China, por sua vez, viu suas exportações aumentarem em março, em resposta ao “Tarifaço” de Trump, evidenciando os impactos dessa disputa global.

Diante desse cenário, o Brasil enfrenta um dilema diplomático ao ter que lidar com as demandas da China por uma reunião extraordinária no Brics, em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos. Enquanto as pressões aumentam, o país busca manter uma postura equilibrada e evitar conflitos desnecessários que possam comprometer suas relações internacionais. Resta aguardar para ver como a diplomacia brasileira irá lidar com essa situação delicada e complexa no cenário global.