Chefe do tráfico “Cheio de Ódio” é morto em operação da Polícia Civil na Ladeira dos Tabajaras: saiba mais

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Policial civil da Core foi morto ao se deparar com um comboio de bandidos que
voltava de ataque em comunidade rival, conforme aponta investigação. Conhecido como “Cheio de Ódio”, Vinicius Kleber di Carlantonio Martins era proprietário
do veículo utilizado na tentativa de assalto que resultou na morte do policial da
Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil.
Vinicius era apontado como chefe do tráfico de drogas da Ladeira dos Tabajaras e contava com 30 anotações criminais. Ele é um dos cinco mortos da operação, enquanto outros três foram presos, mas os dois alvos da ação permanecem foragidos.

O traficante conhecido como Cheio de Ódio, morto em uma operação da Polícia
Civil na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, era o dono do veículo usado no ataque ao policial civil João Pedro Marquini e à sua esposa, a juíza Tula Mello,
conforme apontado pela investigação da polícia. Essa informação foi revelada em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira.

De acordo com as autoridades, o veículo foi apreendido na comunidade Cesar Maia, em Vargem Grande, horas após o policial ser fuzilado pelos criminosos, e estava utilizando uma placa clonada. Vinicius di Carlantonio Martins era o responsável por liderar o ataque ao veículo onde estavam Tula e Marquini, a fim de realizar o roubo dos automóveis para evitar chamar a atenção da polícia durante o trajeto, uma vez que seu veículo tinha marcas de tiros do confronto anterior com milicianos em Santa Cruz.

Segundo as investigações, a ordem para o ataque partiu do criminoso Ronaldinho Tabajara, que controla o tráfico na região. Ao retornarem do ataque à comunidade do Antares, os criminosos tentaram trocar de veículos e roubar os que transportavam a Juíza Tula e o policial Marquini. Esse episódio foi descrito pelo delegado Rômulo Coelho, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, durante as investigações.

A polícia informou que a operação possibilitou identificar os responsáveis pelo ataque ao policial da Core, associando-os ao morro dos Tabajaras e mapeando o percurso realizado pelos criminosos envolvidos. O delegado Alexandre Herdy, chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa, ressaltou que a investigação continuará em andamento para identificar os autores do crime.

O Tabajaras é uma comunidade localizada no morro que divide Botafogo de Copacabana, com acessos por vias movimentadas desses bairros. Durante a operação realizada na Ladeira dos Tabajaras, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Core fizeram um cerco na região, contando com o apoio de um helicóptero. Os traficantes reagiram atirando, resultando em confrontos.

Na fatídica noite de 30 de março, o policial João Pedro Marquini e a juíza Tula
voltavam de Campo Grande, na Zona Oeste, em carros separados, mas foram interceptados por criminosos enquanto trafegavam pelo Túnel da Grota Funda. O policial foi atingido por cinco tiros de fuzil e não resistiu aos ferimentos. Já a juíza, protegida pela blindagem do veículo, saiu ilesa do ataque.

A morte do policial da Core chocou a população e ressaltou a importância do trabalho das forças de segurança no combate à criminalidade no Rio de Janeiro. O apoio às investigações e a continuidade dos esforços para identificar e capturar os responsáveis pelo crime demonstram o compromisso das autoridades em garantir a justiça e a segurança da população.

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