Adolescentes receberão vacina contra o HPV

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Gerência de Imunização e Rede de Frio, realiza em setembro a vacinação dos adolescentes contra o HPV. O objetivo é o de proteger meninos e meninas contra as graves doenças transmitidas pelos quatro subtipos do vírus.

O imunobiológico disponibilizado para esta ação é a vacina quadrivalente Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 recombinante (HPV).  A vacinação é destinada 372.000 (297.600) meninas de 9 a 14 anos e 223.291 (178.632) meninos de 11 a 14 anos. A meta é vacinar no mínimo 80% deste grupo.

A gerente de Imunização e Rede de Frio da SES-GO, Clécia Vecci, afirma que a vacinação ocorre como rotina em todas as 954 unidades básicas de saúde localizadas no Estado. A decisão de intensificar a imunização nas escolas para aumentar a cobertura vacinal será definida pelas Secretarias de Saúde dos municípios.

Desde janeiro de 2014 até agosto de 2018, 77,57% (288.558) das meninas foram vacinadas para a primeira dose. Para a segunda dose a cobertura vacinal é de 48,48% (180.359), ficando um saldo de 191.641 entre não vacinadas ou com esquema incompleto. Em relação aos meninos, somente 41,52% (92.702) foram vacinados para a primeira dose e 12,59% (28.118) para a segunda dose, com um saldo de 195.173 meninos não vacinados ou com esquema incompleto.

Clécia explica que a definição da faixa etária para a vacinação visa proteger os meninos e meninas antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus. Na população masculina, a vacinação protege contra os cânceres de pênis, garganta e ânus.

Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo de útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio da relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto.

Mensalmente, a SES-GO distribui em média 22 mil doses entre os municípios goianos para atender a demanda de rotina.

Esquema vacinal

Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Meninas que completaram 15 anos ou mais e estão com o esquema incompleto podem se vacinar, apresentando o cartão de vacinas.

Para as pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.

A vacina disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) é a quadrivalente e já é ofertada desde 2014. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

Na oportunidade também será disponibilizado para meninos e meninas de 12 a 13 anos a vacina que protege contra a Meningite C.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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