Corretor preso por golpes imobiliários no litoral de SC causou prejuízo de R$ 3
milhões em 60 vítimas, diz polícia
Segundo a Polícia Civil, Alaim Domingos da Silva vendia os mesmos imóveis para
várias pessoas e parava de responder os contatos após receber parte do valor das
casas. Ele teve o registro no Creci suspenso.
Corretor de imóveis é preso no ES por crimes em SC
O ex-corretor preso suspeito de aplicar um golpe imobiliário em Penha, no Litoral
Norte de Santa Catarina, deixou 60 vítimas e causou prejuízo de cerca de R$ 3
milhões, segundo o delegado Ângelo Fragelli. Foragido há dois meses, Alaim
Domingos da Silva estava escondido em Marataízes (ES).
Segundo a Polícia Civil, o homem vendia os mesmos imóveis de um loteamento para
várias pessoas. Após receber parte do valor das casas, ele parava de responder
os contatos feitos pelas vítimas.
Alaim foi preso na quinta-feira (17) na frente da casa onde estava vivendo e, de
acordo com a polícia, foram apreendidos R$ 15 mil em espécie, três cartões de
crédito e dois celulares. Ele estava usando uma conta bancária em nome de outra
pessoa. O DE tenta contato com a defesa de Alaim.
O suspeito tinha registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa
Catarina (Creci), o que gerava confiança nas vítimas. Em novembro de 2024, o
órgão a suspensão do registro de inscrição dele.
O golpe só foi descoberto, segundo a investigação, porque o prazo de entrega das
casas foi se aproximando e houve atrasos. Após ser desmascarado, o homem
desapareceu da cidade.
O delegado de Marataízes, Thiago Viana, disse que policiais civis e do serviço
reservado da Polícia Militar receberam denúncias de que o suspeito estava
escondido na cidade em fevereiro deste ano.
“Segundo as denúncias, ele iniciou um relacionamento com uma professora, se
identificava como João e ia sempre até Vitória trocar dólar por real. A prisão
foi realizada na frente da casa onde Alaim se escondia”, disse.
O preso foi levado ao Centro de Detenção Provisória de Marataízes e deve passar
por interrogatório na próxima semana, após o feriado de Tiradentes. A Polícia
Civil de Santa Catarina vai pedir que Alaim seja enviado de volta ao Estado,
onde responde a inquérito por estelionato.