Alunos da Unifesp em São José dos Campos estão desenvolvendo novas próteses para crianças amputadas e pacientes com sequelas após AVC. O trabalho realizado pela universidade com impressoras 3D já resultou em mais de 50 doações realizadas na região. Agora, os pesquisadores estão focados em desenvolver novas peças para auxiliar pessoas com deficiência.
Um grupo de alunos e profissionais da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP) em São José dos Campos são reconhecidos por produzir próteses e órteses mecânicas para doação em todo o Brasil. A atividade é realizada pelo Programa de Extensão Mãos3D, que utiliza impressoras 3D para fabricar os equipamentos.
O projeto já desenvolveu peças para ombros, braços, mãos e dedos ao longo de mais de 10 anos de atuação. Atualmente, os pesquisadores estão trabalhando em novas soluções para ajudar ainda mais pessoas com deficiência, com destaque para a órtese, um material ortopédico essencial para pacientes que sofreram AVC e precisam de correções no corpo.
Além das órteses para pacientes com sequelas de AVC, a UNIFESP também oferece uma prótese biônica, especialmente voltada para crianças amputadas. Essas próteses são adaptáveis ao crescimento do corpo das crianças, proporcionando maior conforto e mobilidade. A tecnologia presente nesses dispositivos simula movimentos naturais por meio de sinais musculares ou nervosos.
O projeto liderado pela professora Maria Elizete Kunkel tem como objetivo principal avançar na implementação de tecnologias na área da saúde. O processo de digitalização da saúde, que inclui a manufatura e atendimento personalizado, busca melhorar a qualidade de vida dos pacientes beneficiados com as próteses e órteses produzidas pela UNIFESP.
Cerca de 30 estudantes da universidade participam ativamente no projeto, contribuindo para a produção de próteses e órteses utilizando a tecnologia de impressão 3D disponível no laboratório de São José dos Campos. O processo de fabricação é dividido em fases assistidas por computador, garantindo precisão e eficácia na produção dos equipamentos que são entregues em até uma semana.
Entre os estudantes envolvidos no projeto está Maria Eduarda, que possui uma deficiência em uma das mãos. Com a oportunidade de trabalhar no projeto, ela conseguiu realizar o sonho de tocar violão ao produzir uma prótese personalizada. A satisfação em ajudar o próximo e a alegria de realizar esse feito são compartilhadas por todos os envolvidos no programa.
As doações das próteses e órteses são destinadas para pessoas de todo o Brasil, sendo necessário que o interessado esteja presente pessoalmente para retirada e reabilitação em São José dos Campos. O programa Mão 3D proporciona suporte e acompanhamento durante todo o processo, garantindo o melhor uso dos equipamentos pelos beneficiados.