China vende produtos como “Made in Korea” para evitar tarifas dos EUA: análise do comércio internacional

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A China, visando evitar tarifas, tem vendido produtos como “Made in Korea”, apontou o Serviço Aduaneiro da Coreia. No primeiro trimestre do ano, foram identificados US$ 20,81 milhões em violações de país de origem, com as remessas com destino aos EUA representando 97% do total após uma investigação especial realizada no mês passado.

Esses números são significativamente superiores aos registrados no ano de 2024, que totalizaram 34,8 bilhões de wons (US$ 25 milhões) em violações, onde as remessas para os EUA representaram 62% do total. Com a imposição de grandes tarifas por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, desde março, a situação tem se agravado.

Desde o início de seu mandato, Trump iniciou uma série de tarifas sobre diversos produtos e países, impactando diretamente o comércio internacional. Recentemente, ele impôs tarifas de 25% sobre a Coreia do Sul, que foram temporariamente suspensas por três meses. Enquanto isso, a China enfrenta tarifas de 145% dos EUA após ações retaliatórias mútuas.

O surgimento dessas práticas tem levado autoridades sul-coreanas a alertarem sobre um possível aumento de empresas estrangeiras, especialmente chinesas, utilizando o território sul-coreano para evitar as tarifas e regulações impostas. O pacto de livre comércio que a Coreia do Sul possui com os EUA coloca o país em uma posição estratégica nesse contexto.

Com descobertas recentes, como a importação fraudulenta de materiais catódicos usados em baterias da China, marcados falsamente como originários da Coreia do Sul, o Serviço Aduaneiro da Coreia implementou uma força-tarefa para coibir práticas ilegais e proteger as empresas locais. Medidas mais específicas estão sendo elaboradas para frear esses casos.

A China, por sua vez, tem buscado estratégias para contornar as restrições existentes, como a montagem de câmeras de vigilância na Coreia do Sul para evitar as sanções dos EUA sobre dispositivos de comunicação chineses. Esses movimentos refletem a intensificação das tensões comerciais entre as grandes potências globais e seus impactos no comércio internacional e na economia mundial.

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