Três mineiros se tornaram beatos durante o pontificado do Papa Francisco, deixando um legado de fé reconhecido não só em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. Conheça as histórias de Isabel Cristina, Padre Victor e Nhá Chica, figuras emblemáticas que foram reconhecidas pela Igreja Católica durante os doze anos de liderança do Papa Jorge Bergoglio.

Isabel Cristina era natural de Barbacena, no Campo das Vertentes, e teve um fim trágico aos 20 anos, quando resistiu a uma tentativa de estupro e foi brutalmente assassinada. Seu algoz, Maurilio Almeida de Oliveira, foi condenado a prisão, mas fugiu após 13 anos. O Vaticano reconheceu sua morte como um martírio e a beatificou em 10 de dezembro de 2022, como um exemplo de fé e coragem diante da violência.

O Padre Victor, nascido em Campanha, no Sul de Minas, em 1827, enfrentou o preconceito racial e social de sua época para se tornar padre. Após sua morte, em 1905, sua reputação de santidade cresceu, culminando na beatificação em 14 de novembro de 2015. O milagre reconhecido pelo Vaticano foi a gravidez de uma mulher considerada estéril, fruto da intercessão do Padre Victor.

Nhá Chica, conhecida como “a santa do povo”, nasceu em 1808 em São João del Rei e dedicou sua vida aos mais pobres em Baependi, no sul do estado. Mesmo analfabeta e sem posição oficial na igreja, sua fama de santidade se propagou. O Vaticano reconheceu um milagre em sua intercessão, a cura de um grave problema cardíaco, e a beatificou em 04 de maio de 2013, durante o pontificado do Papa Francisco.

Para ser reconhecido como beato, é necessário que um milagre seja atribuído à intercessão da pessoa. Já para a canonização como santo, geralmente é exigido um segundo milagre, exceto nos casos de martírio, onde essa etapa adicional não é obrigatória. As histórias de Isabel Cristina, Padre Victor e Nhá Chica ecoam como exemplos de fé, resistência e amor ao próximo, inspirando gerações futuras a seguirem o caminho da santidade e da dedicação aos mais necessitados.