Brasileira relembra declaração de papa Francisco sobre sexualidade e emoção ao sentir acolhimento: ‘Chorei’
‘Estava ao lado de um amigo que, apesar de ser católico, se sentia deslocado da igreja por conta da sua sexualidade’, conta, sobre a fala do primeiro pontífice latino-americano.
Elaine Borges, 35 anos, relembra a visita do papa Francisco ao Brasil em 2013. Na época, logo após a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, viu o amigo chorar aliviado com a declaração do pontífice sobre homossexualidade, e emocionou-se junto.
“Eu estava ao lado de um amigo que, apesar de ser católico, se sentia deslocado da igreja por conta da sua sexualidade. Ele chorou, eu chorei e muitos celebraram a primeira vez que um papa falava sobre”, relata a catarinense, que saiu de São José para acompanhar a vinda de Francisco ao Brasil.
A fala a qual Elaine se refere ocorreu no voo de volta à Itália, durante entrevista a jornalistas. “Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?’, afirmou.
O primeiro papa latino-americano enfatizou, na mesma oportunidade, que “o catecismo da Igreja Católica explica de forma muito bonita” o tema homossexualidade. “Diz que não se deve marginalizar estas pessoas por isso. É preciso integrá-las à sociedade”, comentou Francisco.
No fim de 2023, 10 anos depois, Igreja Católica autorizou que padres abençoem em templos casais homossexuais.
A vinda de Francisco ao Brasil, na mesma ocasião, mostrou uma liderança humilde e de proximidade, o que emocionou quem estava no evento.
“Ver a simplicidade daquele homem, a delicadeza, o jeito que ele olhava para as pessoas. Ele ficou muito próximo, fez o sinal da cruz na nossa direção. E ver o carinho do povo com ele, também, emocionou”, lembra Leliane Machado, de Florianópolis.
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