Em meio ao luto, esperança: “Que o próximo Papa tenha, também, o espírito de Francisco”, reflete Arcebispo de Uberaba
Dom Paulo Mendes celebra o legado deixado por Papa Francisco e pede orações por um sucessor comprometido com os valores humanos, a paz e os pobres. O sentimento de perda pela morte do Papa Francisco foi sentido ao redor do mundo, pegando os fiéis de surpresa. O arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto, líder da Arquidiocese de Uberaba, lamentou a partida, mas optou por enaltecer a herança deixada por Francisco. Segundo ele, a gratidão se estabelece pelo fato de o Papa Francisco ser um representante do continente latino-americano, levando para o Vaticano a importância de questões essenciais que já são vivenciadas na América Latina. A missão de Papa Francisco foi interrompida aos 88 anos, às 7h35 no horário de Roma, equivalente a 2h35 pelo horário de Brasília. Logo após receber a notícia do falecimento do Pontífice, o arcebispo solicitou que todos os padres da Arquidiocese de Uberaba dedicassem a primeira missa do dia em homenagem ao Papa.
O primeiro Papa latino-americano da história deixa um legado relevante que merece ser reconhecido e celebrado. Nascido em Buenos Aires, Argentina, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi um marco na liderança papal. Dom Paulo Mendes destaca que o Papa número 266 conseguiu traduzir para o Vaticano muito da experiência e realidade latino-americanas, especialmente no que diz respeito a uma igreja mais engajada com as questões locais, os menos favorecidos e fundamentada na palavra de Deus. Sua postura aberta ao diálogo em temas sensíveis dentro da Igreja, aliada a um perfil acessível e jovial que mantinha uma relação próxima com os jovens, foi motivo de elogios e críticas em igual medida.
Ao comentar a atuação de Papa Francisco, Dom Paulo ressaltou a importância de uma igreja viva e atuante nos dias atuais, compreendendo a ação do Espírito Santo na mentalidade e cultura contemporâneas. A visão de uma Igreja comprometida com a comunidade, a paz e as questões sociais foi um dos pilares do pontificado de Francisco. E, diante de sua partida, o arcebispo expressa a esperança de que o próximo Papa siga essa mesma linha de comprometimento e atuação em prol dos mais necessitados e da justiça.
O arcebispo reflete ainda sobre o Ano Jubilar de 2025, período de graça e renovação espiritual na igreja católica, e destaca o tema escolhido por Francisco para esse ano: “Peregrinos da Esperança”. O falecimento de Francisco é um convite à esperança, na expectativa de que seu sucessor mantenha viva a chama do compromisso com as causas humanitárias, ambientais e pacifistas, perpetuando o legado deixado pelo Papa latino-americano. A vigília e as orações agora se voltam para a chegada de um novo Papa que possua o mesmo espírito de Francisco, comprometido com as realidades da humanidade e com a construção de um mundo mais justo e solidário.
O Diário do Estado, anteriormente G1 Triângulo, acompanha de perto os desdobramentos e as homenagens prestadas ao Papa Francisco após seu falecimento, ressaltando sua importância histórica como o primeiro Papa latino-americano e o legado que deixa para a igreja e para o mundo. A trajetória de Francisco e sua atuação como líder religioso ecoam pelo tempo, marcando um capítulo significativo na história da Igreja Católica e inspirando a continuidade de sua missão de esperança, amor e justiça. Que o próximo Papa possa honrar e fortalecer esse legado, guiando a igreja pelos caminhos da solidariedade e compaixão em tempos desafiadores e incertos.