Policiais são flagrados com drogas e armas dentro de batalhão e são soltos pela Justiça Militar
Sargento e cabo foram presos em flagrante neste sábado (19) durante uma operação de busca e apreensão da Corregedoria da Polícia Militar de Minas Gerais, mas receberam alvará de soltura no dia seguinte, concedido pelo Tribunal de Justiça Militar.
O Diário do Estado trouxe a notícia de que um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), de 47 anos, e um cabo, de 38, foram presos durante uma operação de busca e apreensão da Corregedoria da Polícia Militar, neste sábado (19), em Belo Horizonte. Um soldado, de 30 anos, também foi alvo da operação, mas não foi preso.
No dia seguinte, o Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) concedeu liberdade provisória e determinou o afastamento imediato de dois policiais militares presos em flagrante com drogas e armas. O entendimento foi que não havia motivos para manter os dois detidos. Eles estão lotados no 1º Batalhão da Polícia Militar da capital, onde os mandados foram cumpridos, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou “tratar-se de ação da Corregedoria da corporação relativos a processos investigatórios”.
Com o sargento foram apreendidas munições diversas e irregulares, um simulacro de arma de fogo e pequenas porções de substâncias semelhantes à maconha e crack. Com o cabo foram apreendidas munições irregulares. Durante a abordagem, eles alegaram que as munições e porções de drogas são provenientes de abordagens de rotina, que esqueceram de registrar. Com o cabo encontraram apenas dois aparelhos celulares. Na viatura que seria usada pelo trio, foram encontradas duas facas, um punhal, um simulacro de arma de fogo e uma arma de brinquedo. Nenhum militar assumiu a posse ou propriedade do material encontrado no veículo.
O alvará de soltura foi concedido pelo juiz Marcos Luiz Nery Filho, do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais, neste domingo. Foi determinado ainda o afastamento dos policiais das funções operacionais que desempenham, mantendo a possibilidade de desempenhar funções de natureza administrativa, sem comprometer a remuneração dos policiais.
O Portal Diário do Estado também destacou que o sargento respondeu por um processo judicial militar por suspeita de agressão durante uma abordagem, em 2023, sendo arquivado em fevereiro deste ano. Já o cabo responde por um processo de violência arbitrária no Tribunal Militar.
Em nota oficial, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que a ação da Corregedoria da corporação está relacionada a processos investigatórios em andamento e reforçou seu compromisso com a transparência e repúdio a desvios de conduta por parte de seus membros.