Ex-secretário de saúde de Senador Canedo é denunciado pelo MP

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) realizou uma denúncia contra o ex-secretário de saúde de Senador Canedo Julio Pina Neto por autorizar a pintura dos prédios do Programa de Saúde da Familia (PSF) com as cores do seu partido político, o PRTB, onde é candidato a deputado estadual. Para o promotor de Justiça Glauber Rocha Soares, autor da ação, a pintura fere os princípios de impessoalidade e moralidade da administração pública.

Conforme apuração feita pelo promotor em março deste ano, a alteração das cores do PSF, de azul e branco para azul, amarelo e verde, foi feita durante a chefia de Julio Pina na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A ação teve como base inquérito civil público instaurado em outubro de 2017 e começou com uma denúncia anônima.

 

“Os símbolos municipais, quaisquer, como logotipos, pinturas de prédios, devem ser concebidos sem vinculação à ideologia política do administrador”, argumentou o promotor na ação. Ele salientou que a utilização das cores azul, amarelo e verde teve o propósito de gerar autopromoção e conferir vantagem eleitoreira ao candidato e ao partido na eleição deste ano.

O MP requereu à Justiça a condenação à imediata perda da função pública e suspensão dos direitos políticos do réu. Além disso, o promotor pede a proibição de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de dez anos. Glauber Rocha pediu, ainda, a perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, o ressarcimento integral do dano (que será apurado futuramente) e o pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial.

Em 28 de junho deste ano, o Ministério Público expediu recomendação ao prefeito de Senador Canedo, Divino Pereira Lemes, para que este refizesse a pintura de todos os prédios ligados à SMS, no prazo de 15 dias. A Procuradoria-Geral do Município de Senador Canedo informou o cumprimento do recomendado, no dia 16 de julho, com a exclusão da faixa verde do prédio. No entanto, a alteração das fachadas não exime o ex-secretário da conduta ímproba, lembrou o promotor na ação.

 

Fonte: Ministério Público

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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