PM é tornando réu por arremessar homem de ponte em SP: justiça concede habeas corpus

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Justiça torna réu PM que arremessou homem de ponte na Zona Sul de SP

Imagens gravadas por testemunha registram o momento em que Luan Felipe Alves Pereira ergueu e lançou Marcelo Amaral de ponte em 2024 na Zona Sul da capital paulista. PM foi solto após Justiça conceder habeas corpus.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o policial militar filmado jogando um homem de uma ponte na Zona Sul da cidade no ano passado. Ele irá responder por tentativa de homicídio. Um vídeo registrou a abordagem policial.

Imagens gravadas por uma testemunha flagraram o momento em que o soldado da PM Luan Felipe Alves Pereira ergueu e lançou um rapaz de 25 anos de uma ponte na Vila Clara. Procurada pela reportagem, a defesa do PM não se manifestou.

No último dia 10, a 13ª Câmara de Direito Criminal Tribunal de Justiça de SP concedeu um habeas corpus para que o soldado responda ao processo em liberdade, desde que não exerça função pública e se mantenha pelo menos a 300 metros de distância da vítima.

Tanto a Corregedoria da PM quanto a Polícia Civil investigaram o episódio. O Inquérito Policial-Militar (IPM) aberto pela Corregedoria foi finalizado em dezembro. Já o inquérito da Polícia Civil terminou no último dia 14. Ambos concluíram que, ao jogar o homem da ponte, o soldado cometeu o crime de tentativa de homicídio. Ele foi indiciado nos dois inquéritos.

Na denúncia aceita agora pela 2ª Vara do Júri da capital, o promotor de Justiça Vinicius França ressaltou que a vítima foi lançada sobre o parapeito de uma altura de quase quatro metros. O promotor acrescentou ainda que “o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa” da vítima e que ela só não morreu porque “caiu de joelhos e, por isso, não bateu nenhum órgão vital contra o solo”.

Segundo a TV Globo apurou, o habeas corpus foi concedido porque a prisão preventiva foi considerada uma “antecipação de pena”. No início do mês, a Polícia Civil indiciou Luan por tentativa de homicídio. Ele foi interrogado no presídio, mas disse que só falaria em juízo.

Luan e outros seis PMs que participaram da ocorrência contra Marcelo Amaral também foram indiciados pela Corregedoria da PM por tentativa de homicídio e outros crimes militares em dezembro do ano passado. O inquérito policial militar foi concluído e enviado à Justiça Militar.

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