Lula se reúne com presidente do Chile, Gabriel Boric, no Palácio do Planalto
A visita marca as comemorações do Dia da Amizade entre os dois países; 22 de abril
é a data em que as relações entre Brasil e Chile foram estabelecidas, em 1836.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta terça-feira (22) o
presidente do Chile, Gabriel Boric, para uma visita de Estado. Após o encontro no Palácio do Planalto, as autoridades vão seguir para o Palácio Itamaraty, onde participam de almoço. A reunião busca consolidar as relações bilaterais entre os dois países, com foco em comércio, investimentos e a conclusão do Corredor Rodoviário Bioceânico.
Octavio Guedes: ‘Boric x Lula’ é nova esquerda versus a velha esquerda
A relação entre Lula e Boric tem sido marcada por cooperação, apesar de divergências pontuais sobre questões internacionais. A visita de Estado marca as comemorações do primeiro Dia da Amizade entre os dois países. O 22 de abril é a data em que as relações diplomáticas entre Brasil e Chile foram estabelecidas, em 1836.
Além da reunião bilateral e do almoço, os presidentes devem participar do Fórum Empresarial Brasil-Chile, onde serão discutidos temas estratégicos para a integração logística e comercial entre as duas nações. A visita também contará com a presença de ministros, parlamentares, outros políticos e empresários chilenos, reforçando o compromisso de ambos os países em aprofundar os laços econômicos e políticos.
DIVERGÊNCIAS DE LULA E BORIC
Apesar da cooperação entre si e entre os países, Boric e Lula têm divergido em questões internacionais importantes, como a crise na Venezuela e a guerra na Ucrânia. Enquanto Lula tem adotado uma postura mais conciliadora e crítica às sanções impostas pelos Estados Unidos ao governo de Nicolás Maduro, Boric tem sido um crítico das violações de direitos humanos na Venezuela. Além disso, Boric defende uma posição mais firme de condenação da invasão russa na Ucrânia por parte dos países da América do Sul, enquanto Lula defende uma saída negociada e de consenso entre os dois países para o fim do conflito.