Homem confessa matar agiota de 20 anos por dívida em SP: polícia investiga caso

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Homem matou agiota de 20 anos porque era ameaçado por causa de dívida, diz polícia

Em depoimento, suspeito disse que juros de empréstimo feito por Itamar da Silva Cardoso eram altos e não tinha como pagar. Delegado confirmou que vítima conhecia assassino.

Itamar da Silva Cardoso, de 20 anos, foi morto e teve carro levado em Franca, SP — Foto: Arquivo pessoal

O homem de 28 anos que confessou ter matado Itamar da Silva Cardoso, de 20 anos, disse, em depoimento à polícia, que era ameaçado pelo agiota por causa de uma dívida que fez há poucos meses.

Segundo o delegado Márcio Murari, o suspeito, que não teve a identidade divulgada, disse que fez um empréstimo de R$ 400 a R$ 600 com Itamar e, por conta dos juros, o valor que deveria ser devolvido já estava em R$ 6 mil. A vítima conhecia o assassino.

“Ele alega que, diante das ameaças que vinha sofrendo, se armou com uma faca e teria se deslocado para o local [do crime] juntamente, inclusive, com a vítima e, logo em seguida, teria chegado estes dois adolescentes que, por coincidência, também são conhecidos e também pegaram dinheiro com ele”.

O homem e dois adolescentes, ambos de 17 anos, se apresentaram à Polícia Civil na sexta-feira (18), foram ouvidos e liberados. O delegado deve finalizar o inquérito policial e pedir a prisão do suspeito, além de instaurar um processo de apuração de ato infracional contra os menores.

Na semana passada, o pai do agiota, Ismael Cardoso dos Santos, disse à EPTV, afiliada da TV Globo que acreditava que o filho tinha sido morto por conhecidos, pois não emprestava dinheiro para qualquer pessoa.

No depoimento, o suspeito de 28 anos disse que, no dia do crime, marcou com a vítima para conversarem, para que ele pudesse explicar que não tinha dinheiro para pagar o empréstimo. Segundo ele, Itamar foi buscá-lo em casa e os dois seguiram para o local onde aconteceu o crime.

“Ele fala que, em determinado momento, acaba se desentendendo com a vítima e houve uma discussão. Ele apresenta um ferimento na perna, alega que teria sido a vítima quem, de posse de um canivete, teria esfaqueado e ele, com a faca, acabou desferindo vários golpes”.

A polícia investiga a informação da família de Itamar de que, além de o esfaquearem até a morte, os criminosos ainda levaram R$ 12 mil que estavam escondidos debaixo do banco do carro dele.

O caso é investigado, inicialmente, como latrocínio, que é roubo seguido de morte. O carro de Itamar foi periciado e nele foi encontrada uma faca com marcas de sangue, que pode ter sido usada no crime.

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