Aumento de recém-habilitados sem permissão em Campinas: entenda o motivo

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Número de recém-habilitados que perderam a permissão para dirigir após infrações triplica em Campinas

Popularmente chamada de CNH provisória, a PPD é concedida por um ano após a aprovação no exame para habilitação. Em março de 2025, 158 tiveram o documento cancelado.

O DE de recém-habilitados que perderam permissão para dirigir aumenta em Campinas

O número de motoristas recém-habilitados que perderam a Permissão Para Dirigir (PPD) disparou em Campinas (SP). Em março de 2025 o índice chegou a 158 e é quatro vezes maior que no mesmo mês do ano passado (veja o gráfico abaixo).

Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e foram obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, via Lei de Acesso à Informação (LAI). De acordo com o levantamento, o número é o maior desde janeiro de 2023, quando foram 55.

Na comparação entre anos, houve aumento de 344 em 2023 para 356 em 2024. Já neste primeiro trimestre, com a alta no mês de março, o total registrado em 2025 já representa mais da metade do ano anterior (58,7%).

O DE [https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/] questionou o Detran sobre o que pode explicar o aumento, mas o órgão respondeu que não faz a análise de dados.

A PPD é a primeira habilitação que o Detran concede aos motoristas aprovados nas categorias A (motocicleta e veículos similares), B (automóvel e veículos semelhantes) ou A e B pelo período de um ano antes de receber a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) definitiva.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o condutor que tem uma PPD não pode receber multas gravíssimas (sete pontos) e graves (cinco pontos) ou, ainda, ser reincidente em multas médias (quatro pontos) durante o período.

Caso isso aconteça, o permissionário perde a provisória e precisa cumprir todos os procedimentos novamente, o que inclui exame médico, psicotécnico, curso, avaliação teórica, aulas práticas e prova, como se estivesse tirando a CNH pela primeira vez.

INEXPERIÊNCIA E DESATENÇÃO

Para o especialista em trânsito Celso Arruda, a falta de experiência dos novos motoristas pode explicar o número de permissões canceladas. “Eles deixam de ser passageiros e passam a ser motoristas de uma hora para a outra, com uma intensidade de solicitação muito maior”.

Outro fator é a desatenção. “O principal inimigo é o celular, que tira a atenção do motorista. Outros fatores adicionais é que nesse período, início da época escolar, é quando alguns foram presentados com automóveis. Então, tem aquele pico simultâneo: trânsito intenso, motorista recém-ingresso no trânsito”.

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