Bancada do DE Brasil promete fidelidade para garantir permanência de Pedro Lucas e não perder Ministério do Turismo

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A bancada do DE promete fidelidade para ‘honrar’ permanência de Pedro Lucas,
mas não quer perder Turismo

Deputados dizem que ‘governo não seria louco’ de retaliar o terceiro maior
partido da Câmara; após rejeição de ministério, interlocutores do Planalto
defendiam revisão de cargos.

A bancada do DE Brasil na Câmara dos Deputados se reuniu nesta quarta-feira (23) após o líder, Pedro Lucas (MA), desistir de
assumir o Ministério das Comunicações.

No encontro, parte dos deputados prometeu fazer “gestos” ao governo, além de
entregar mais votos do que entregavam até então. O partido tem 59 deputados.

A ideia, nas palavras de um influente parlamentar da legenda, é “honrar” a
permanência de Pedro Lucas como líder e provar ao Planalto que, se ele saísse, a
vida do governo na Câmara ficaria ainda mais difícil – por exemplo, com a
entrada de um nome de oposição na liderança, como o de Mendonça Filho (PE).

Os parlamentares, contudo, dizem não aceitar a saída de Celso Sabino (DE-PA),
que é deputado licenciado, do Ministério do Turismo.

A hipótese foi cogitada nesta terça-feira por interlocutores do governo, após a
recusa de Pedro Lucas. Essas fontes defendiam que cargos e espaços do DE
Brasil fossem revistos. O PSD, partido que tem 44 deputados, deseja a pasta há muitos meses.

Segundo interlocutores da cúpula do DE Brasil, nenhuma ameaça do governo
chegou neste sentido. Nas palavras de uma destas fontes, “o governo não seria
louco” de retaliar o 3º maior partido da Câmara, atrás apenas do PT e do PL.

Embora a bancada se divida e, muitas vezes, vote contra o governo Lula na
Câmara, o que esses deputados dizem é que, em números absolutos, o partido
entrega muitos votos favoráveis ao Planalto – cerca de 30 a 45 votos.
Traduzindo, o governo não pode abrir mão do DE Brasil.

Em um levantamento feito pela liderança do partido no ano passado, o DE
Brasil entregou mais votos ao governo, em números absolutos, do que outros
partidos do Centrão – como PSD e Republicanos – e ficou atrás apenas do próprio
PT.

Os deputados também argumentam que, embora o Planalto coloque três ministérios
na conta do DE Brasil, dois são da “cota” do presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DE-AP), e não da cúpula do partido: o de Integração e Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes – que sequer é
filiado ao DE; e o das Comunicações, com Juscelino Filho (MA) – que, embora seja deputado, foi indicado por Alcolumbre.

A expectativa dos deputados, aliás, é que o novo nome do Ministério das
Comunicações também seja indicação de Alcolumbre.

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