Entenda como agia um dos maiores ladrões de banco do país, preso no RJ após crimes até na Colômbia. Em áudios, Denis Galdino reclama que comparsas colombianos não tinham paciência para monitorar agências bancárias e fugiam com a aproximação de qualquer viatura. No Brasil, ele participou de furtos em pelo menos 12 Estados e no DF.
A polícia descobriu que, em 2023, depois de ter sido solto por um furto no Piauí, o homem apontado como um dos maiores ladrões de caixas eletrônicos do Brasil passou um tempo escondido em Medelin, na Colômbia. Denis Galdino, de 42 anos, passou um ano foragido até ter sido preso em março deste ano em Cachoeiras de Macacu, interior do Estado do Rio, numa operação conjunta das polícias civis do Rio e de Santa Catarina.
Contra ele havia um mandado de prisão por participação num furto de cerca de R$ 500 mil de uma agência bancária em Joinville, norte de Santa Catarina, em setembro de 2023. Segundo as investigações, na Colômbia, Galdino também participou de furtos de caixas eletrônicos, mas não ficou satisfeito com os novos parceiros do crime.
Ele reclamava que os colombianos não tinham paciência para monitorar a rotina das agências bancárias. Denis Galdino aparece nas imagens de segurança do banco planejando a ação criminosa em vários dias anteriores ao dia do crime. A Polícia Civil catarinense descobriu que ele percorreu as ruas de pelo menos 12 Estados e do Distrito Federal para cometer crimes nas últimas duas décadas.
De acordo com a polícia, Denis Galdino se escondia por trás de identidades falsas. Usando esses nomes falsos, ele chegou a ser preso, mas o verdadeiro dono das identidades foi localizado pelos investigadores. A ousadia da quadrilha foi flagrada pela câmera de um banco em Altos, no Piauí. Os bandidos furam a parede e entram na agência para mais um arrombamento de caixas eletrônicos.
Em maio de 2023, a polícia chegou a tempo e Denis Galdino foi preso. Depois de conseguir um habeas corpus na Justiça e ser solto, ele foi para Medelin, na Colômbia. Da Colômbia, Galdino veio para o Rio de Janeiro e foi surpreendido pelos policiais em Cachoeiras de Macacu, onde participava de um evento religioso. “É um indivíduo extremamente perigoso. Há mais de 20 anos se dedica à prática de crimes”, ressaltou o delegado Murillo Batalha, da Polícia Civil de Santa Catarina.